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Menoridade Mental

Ricardo Rodrigues Hashimoto *

A discussão em torno da maioridade penal me parece totalmente equivocada. São duas as premissas do debate: 1) a criminalidade cairá porque a impunidade vai diminuir e 2) a lei vai resolver o problema.

Antes de mais nada, o problema não é a impunidade. Digo e provo: se, para se tornar a pessoa mais rica do mundo, você tivesse que matar um ser humano, e pudesse fazer isso impunemente, na certeza de que não seria descoberto, você mataria? Não? O que impede? A impunidade? Não! O que impede você de sair por aí matando os outros são os seus princípios morais, e não a certeza da impu- nidade. Os homicidas não dão a mínima para este papo de “impunidade” – simplesmente não querem ser pegos, só isto!

Em segundo lugar, depositar a confiança numa lei é não entender a natureza das coisas. Segundo Olavo de Carvalho, o mundo tem, hoje, três fenômenos preocu- pantes: a concentração das empresas de comunicação de massa nas mãos de poucas pessoas, o desenvolvimento extraordinário das técnicas de engenharia comportamental e o aumento brutal do poder do Estado (O mais frio dos monstros – Nietzsche). Depositar a confiança numa lei é pedir ajuda ao Estado, o qual, na verdade, faz parte do problema.

Convém lembrar que o descarado incentivo ao crime, visto por nós a todo instan- te, vem, principalmente, de Marcuse – cujas teorias norteiam os demolidores da civilização ocidental –, filósofo da Escola de Frankfurt radicado nos EUA, para quem a revolução deve ser feita pelos marginais, e não pelos proletários. Além disso, se a maioridade baixar para 16 anos, o crime migrará para os jovens de 14 e 15 anos, e assim por diante (Quantos bandos não têm um “de menor” a tiracolo para “segurar a bronca”?). Mais ainda: vai favorecer os pedófilos em sua luta para reduzir a “idade de consentimento” – mas este é outro longo assunto.

A solução não está na lei, mas na busca – por mim e por você – dos princípios universais pregados pelas religiões válidas: a família como esteio da sociedade, o homem virtuoso como garantia da ordem social etc. Aliás, justiça seja feita, na mídia de massa o apresentador José Luiz Datena disse exatamente isto tempos atrás – foi processado e multado sob a alegação de ter ofendido os ateus.

Estou com Riobaldo, quando diz “todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de religião: para se de- sendoidecer, desdoidar. Reza é que sara loucura.” (Grande Sertão: Veredas)

Talvez você diga: se o debate é absurdo, porque então é assim? Resposta: exatamente por ser absurdo. A imposição de uma coisa absurda é uma técnica de manipulação psicológica para destruir a sua inteligência, aniquilar a sua vontade e tornar você dócil e obediente – em suma, um bobão! Em outras palavras: isto não é discutido embora seja absurdo; é discutido porque é absurdo.

Por último, não resisto à tentação de contar a piada do prefeito para quem tudo era resolvido por leis. Contrariado pelos engenheiros na realização de uma obra, face à impossibilidade técnica imposta pela lei da gravidade, o prefeito bradou: – Nesta cidade quem manda sou eu! Vou revogar esta lei da gravidade!!

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O autor, Ricardo Rodrigues Hashimoto, é coach. E-mail: ricardo@hashimoto.eng.br
 

Publicado no Portal da Família em 04/06/2013

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