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Moda feminina: valorizem suas curvas!

Como já disse Ana Sánchez de la Nieta, no artigo Moda: Uma Linguagem Pessoal, "além de ter uma dimensão social, a moda é uma linguagem pessoal, algo que fala, e muito, de nós próprios. A moda transmite aos outros quem e como somos".

Porém, além de grande parte das pessoas nas ruas parecer não ter muita noção desse aspecto da moda, somos bombardeadas constantemente pelas propagandas, explícitas ou implícitas, que aparecem na TV e na mídia em geral. E, assim, muitas vezes podemos ficar confusas sobre se é possível vestir-se na moda, com modéstia e pudor, mas sem perder a feminilidade.

Encontramos um artigo com várias dicas interessantes e que, embora voltado para as mulheres católicas (cristãs), trata do tema sem cair no puritanismo exagerado: "Jovens católicas, valorizem suas curvas!" . Reproduzimos abaixo esse artigo.

Jovens católicas, valorizem suas curvas!

Como todos sabem, o hábito não faz o monge… mas ajuda muito a santificá-lo e a identificá-lo. E isso não se aplica só a padres e religiosos: serve para os leigos também. O nosso modo de vestir deve refletir para o mundo aquilo que somos e pensamos.

Querem um exemplo? Digamos que a Emma Watson, que encarnou a Hermione nos cinemas, fosse uma católica devota.

Assim, ela desejaria encontrar um rapaz para viver um namoro santo. Certo, agora me digam: qual dos looks abaixo comunica esse estado interior?

O primeiro look da Emma é perfeitamente recatado. O segundo tá bem legal para uma festa (não para a missa).

Já o terceiro… se ela aparecer assim à noite no calçadão da praia de Copacabana, vai ser expulsa a pontapés pelas quengas, que verão nela uma concorrente.

Alguém pode argumentar que uma menina de visual recatado pode, no fundo, ser uma devassa, enquanto outra que vive de micro-shortinho atochado pode viver um namoro casto, exemplar. Sim, é possível. Mas isso não anula nada do fato de que a garota dos shortinhos colantes, ainda que seja uma “santa”, está enviando um sinal errado para todos que a veem. Com o seu visual, ela não faz lembrar nada daquilo que a Igreja ensina sobre o pudor e a castidade.

E, então, como a Igreja diz que devo me vestir?

A doutrina da Igreja não especifica o tipo de roupa que as mulheres devem usar no dia a dia. O Sagrado Magistério diz apenas que devemos nos vestir com pudor, modéstia e feminilidade, em toda e qualquer situação, e confia o resto ao bom senso dos fiéis e à orientação das igrejas locais. Precisamos, então, saber o que significam as palavras pudor, modéstia e feminilidade.

Pudor

O pudor é a consciência de que devemos cuidar da dignidade do nosso corpo, evitando tudo o que é indecente. No caso de nós mulheres, isso nos leva a cobrir as partes do corpo que, em geral, provocam a excitação nos homens. Uma jovem solteira pode se produzir para ficar atraente, mas de uma forma discreta, sem excessos (ou seja, sem vulgaridade).

No mundo de hoje, a castidade é dificíl de ser vivida, em grande parte devido aos estímulos visuais a que os homens são expostos, quando as mulheres mostram mais do que devem. O cuidado para se vestir com pudor, além de expressar e fortalecer a virtude da castidade, é também uma grande caridade, pois revela a preocupação de não levar os outros a cair em tentação.

Muitos pecados não seriam cometidos se, antes, não tivessem sido alimentados na imaginação , em nossos pensamentos. Por isso, Jesus ensinou:

“Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração.” (Mateus 5,28)

Tá certo que existe sujeito que é capaz de ficar assanhado até diante de uma mulher de burca. Porém, se um cara reage assim diante de uma mulher decentemente vestida, o problema é só dele; mas se uma mulher o atiçou com roupas provocantes, então a culpa do pecado incorrerá também sobre ela.

O critério de quais partes a mulher deve cobrir varia conforme cada tempo, lugar, cultura e situação. Veja alguns exemplos:

  • se você aparecer com um maiô recatado na praia, ok; porém, se sair assim pelas ruas, certamente causará algum rebuliço, e estará pecando;
  • se você mostrar a batata da perna em um país onde as mulheres costumam andar sempre com as pernas inteiramente cobertas, estará sendo despudorada. Mas, aqui no Brasil as panturrilhas não causam o mesmo impacto, então, é possível mostrá-las sem pecar contra o pudor;
  • se ficar nua diante de um homem que não é seu marido, estará sendo despudorada; mas se esse homem for o seu médico, realizando um exame ou cirurgia, sem problemas.

Modéstia

Aplicada à questão dos trajes, é uma virtude que se expressa no cuidado para se vestir com recato e sem exageros. A modéstia tem muito a ver com a virtude da temperança, ou seja, com a capacidade de agir com moderação, de forma equilibrada.

Podemos ter prazer em nos produzir e em nos sentir bonitas, mas isso não pode tomar uma proporção exagerada. O centro dos nossos interesses e da nossa afeição só pode ser um: Jesus Cristo. Por isso, uma mulher “aparecida”, que tem o costume de se vestir para se destacar mais do que os outros, demonstra um desequilíbrio interior.

Também é imodesto ter o hábito de se vestir com roupas e adereços bizarros, com a intenção de chocar as pessoas. Então, se o espírito da pombagira Lady Gaga baixar em você, olhe no espelho e diga, com firmeza: “Saia deste corpo que não te pertence!”.

Esta queria tanto aparecer que botou uma melancia na cabeça...

Feminilidade

Homens e mulheres não devem parecer andróginos (como aqueles que passam na rua e nego se pergunta: “Isso é homem ou mulher?”). O conjunto de elementos que formam o seu visual – corte de cabelo, roupas, acessórios – deve comunicar, de forma clara e sem engano, o sexo ao qual a você pertence. Assim, as mulheres devem evitar a aparência de mulher-macho.

Símbolos são muito poderosos. Quem desobedece ou é desatento a este ponto da feminilidade, ainda que inconscientemente, faz propaganda da ideologia de que a diferenciação entre os sexos não é algo natural do ser humano, mas sim uma mera imposição social e cultural (homens e mulheres são iguais em dignidade diante de Deus, e devem ter direitos iguais perante a lei dos homens; porém, devemos sempre ter clara a noção de que os dois sexos são fisicamente e psicologicamente diferentes).

Deus criou o homem e a mulher com formação física e psicológica diversas e complementares. Se, com a nossa aparência, contrariamos isso, estamos fazendo uma afronta ao plano de Deus para nós.

Abaixo, dou alguns exemplos (é só uma opinião, não encarem como regra doutrinal) do que eu acho adequado e inadequado. Peguei o exemplo de meninas skatistas: muitas delas acabam adotando um visual masculinizado, afinal, o skate é um tanto mais ligado ao universo masculino. Mas reparem que é possível ser uma garota skatista sem perder a feminilidade.

meninas skatistas com visual masculinizado

Este é um início de resposta a uma série de dúvidas colocadas por uma de nossas leitoras:

“Oi, queria solicitar uma postagem sobre um assunto que tenho muita dúvida e está me incomodando. Preciso saber mais sobre o assunto. É sobre a modéstia, o pudor, se pode ou não usar biquíni em praia, sobre o uso do véu, e a questão de mulher usar calça. Se puderem me ajudar. Agradeço.” (Mariele)

Hoje, apresentamos alguns conceitos importantes, que vão basear a nossa abordagem nos próximos posts (em que buscaremos esclarecer as demais dúvidas da Mariele). Mas não esperem achar aqui nenhum ditame de regras fixas sobre vestimentas. Com base na nossa experiência de vida cristã e na doutrina da Igreja, podemos partilhar algumas sugestões e, assim, ajudar cada um a refletir e ser capaz de concluir o que é mais adequado para si.


Fonte: O Catequista, (24/10/2012) - Reproduzido com autorização.

Publicado no Portal da Família em 06/07/2013

 

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