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O direito à verdade é universal

O homem somente pode amar se conhece sua própria verdade. Não tenhamos medo!

por Nieves García

Falemos do tabu que se tornou moda: homossexualidade. É um tema complexo. Os próprios especialistas explicam que a vida de cada homossexual é um mundo particular e é difícil conhecer os denominadores comuns. Os estudos aos quais podemos recorrer estão baseados em estatísticas pouco confiáveis e na maioria das vezes partem de um pressuposto intuitivo que tentam comprovar à força, sem considerar todos os dados que podem surgir na pesquisa.

Analisando um pouco mais o assunto, é desconcertante constatar a falta de informação cientifica e objetiva, tanto dos que estão a favor como dos que estão contra. E surpreende pensar que vários países possuem projetos de lei sobre o tema, legislando sobre esta realidade. Mas como se pode legislar quando há tantas interrogações no ar?

O direito a verdade é universal e interessa a todos os homens. A verdade, que não é mais que o descobrimento da realidade tal como ela é, é uma adequação da mente a ela mesma, sem manipulações, sem ideologias que a condicionem. Pode ser observada de vários pontos de vista, mas a verdade é única. Dá a impressão de que o homem de hoje não se interessa em chegar ao fundo da questão, de que já não pensam nos "por quês", nos "para quê", nos "como" dos problemas, e que fica nas razões emotivas ou sentimentais.

Antoine de Saint-Exupery em seu livro "Terra dos Homens" faz uma descrição que serve muito bem para muitos homens de hoje a quem poderíamos dirigir estas palavras:

"Construiste tua paz tapando com cimento, como fazem os cupins, todas as saídas para a luz. Ficaste enroscado em tua segurança burguesa, em tuas rotinas, nos ritos sufocantes de tua vida provinciana; ergueste essa humilde proteção contra os ventos, e as marés, e as estrelas. Não queres te inquietar com os grandes problemas e fizeste um grande esforço para esquecer a tua condição de homem. Não é o habitante de um planeta errante e não lanças perguntas sem solução: és um pequeno burguês de Toulouse. Ninguém te sacudiu pelos ombros quando ainda era tempo. Agora a argila de que és feito já secou, e endureceu, e nada mais poderá despertar em ti o músico adormecido, ou o poeta, ou o astrônomo que talvez te habitassem."

Nos últimos anos a mídia está nos bombardeando tanto sobre o tema da homossexualidade que obriga a maioria da sociedade a tomar uma postura. Todo o mundo tem dado sua opinião a respeito mas não sei todos tem buscado antes a verdade a respeito dos fatos. Fundamentalmente podemos resumir estas posturas em quatro tipos:

Os que são a favor e a defendem com unhas e dentes, o promovem por todos os meios e se manifestam agressivos perante qualquer oposição. São os dirigentes e organizadores do movimento do "Orgulho Gay". Tem seus argumentos já pensados, seus especialistas trabalhando para buscar fundamentações cientificas que ajudem a dar uma credibilidade a estes fatos, associações de todo tipo para apoiar a "causa gay" e suas campanhas publicitárias bem montadas.

Os que são contra por princípio. Antes de escutar qualquer tipo de argumento já tem um "não" pronto, e sem conhecer toda a problemática de fundo se fecham em grupos. Não estão tão organizados como os anteriores e se limitam a um trabalho mais do tipo reativo, que às vezes passam a imagem de serem intransigentes.

A terceira postura é a da grande maioria, que podemos classificar como os indiferentes. "Contanto que não façam mal a ninguém" é o seu slogan aprendido de uma ética barata que no fundo é uma comodidade pessoal disfarçada de "tolerância". Eles têm a impressão de que este é um problema que não os afeta, que não é com eles e que não altera suas vidas, e que portanto não lhes interessa. Muitos destes, e cada vez mais, acabam conhecendo alguém que vive ou experimenta esta realidade e acabam concluindo que se trata de "pessoas boas", e que portanto que sigam adiante.

Há uma quarta postura, que apesar de ser menos conhecida é a mais humana. É a postura daqueles que estão inquietos e querem conhecer a verdade a respeito do que está acontecendo. São os homens e mulheres que pensam com a cabeça e que não se influenciam com as campanhas. Suas perguntas são: Trinta anos atrás a realidade não se apresentava desta maneira. Que aconteceu com a sociedade ocidental para que a quantidade de casos disparasse desta maneira? O homem não muda de um dia para outro, muito menos sobre um tema tão essencial para sua definição humana. Será a causa desta mudança o materialismo galopante no qual se movem as sociedades capitalistas, as correntes de hedonismo que nos convidam a viver o prazer de um modo quase animal?

Há muitas questões que ficam no ar e que não estão sendo respondidas com pesquisas objetivas. Quais são as causas para que os adolescentes sintam atrações desse tipo? Será que está comprovado que 10% da população mundial tenha esta tendência? Não há reversão possível? Algum dia será possível demonstrar que existe um componente genético? Pode-se sentir certa atração por alguém do mesmo sexo sem que isso implique em uma relação sexual com esta pessoa? Em que momento se passa da inclinação afetiva para a sexual? As relações entre pessoas do mesmo sexo são realmente um avanço para o progresso da humanidade? É necessário que a sociedade crie uma legislação que os proteja? Eles têm direitos específicos pelo fato de serem uma minoria? Quanto existe de problema psicológico e quanto de desvio sexual causado por desejos de experiências diferentes? Pode um homem ou uma mulher com este problema de identidade ser feliz e alcançar a plenitude? O respeito às pessoas homossexuais como são, por serem pessoas, e a preocupação com a não-discriminação delas, conduz necessariamente para que se mude o conceito de matrimônio, definido como a união entre heterossexuais, nas legislações das nações?

Esta postura busca a verdade, princípio de progresso autentico para a humanidade. Se continuarmos construindo nossa sociedade sobre tendências, estaremos construindo um castelo de cartas; cedo ou tarde, o primeiro vento da realidade o fará desmoronar. A história nos mostra a queda de grandes civilizações que se sentiam muito seguras, tanto que decidiram construir sobre falácias e não sobre a verdade, porque esta última parecia custosa à sua natureza vaidosa, sensual e preguiçosa.

Algo acontece no campo da identidade sexual, mas pesquisemos com tenacidade as causas profundas. Creio que a postura mais sincera é a de respeitar as pessoas, todas elas, independentemente de sua orientação sexual, mas estudando com objetividade este fenômeno. E isso com o fim desinteressado de ajudar o ser humano, de hoje e de amanhã, a descobrir sua vocação para o amor. Mas um amor que se vive sempre com a marca da verdade; ainda que a verdade não coincida com as próprias inclinações, juízos ou gosto pessoais. E é a água da verdade a que mais o homem de hoje necessita.

O homem somente pode amar se conhecer sua própria verdade. Não tenhamos medo.

 


Autora: Nieves García - Fonte: site Mujer Nueva - www.mujernueva.org

Tradução de Silvia Dourado para o Portal da Família


 

 

 

 

 

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