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A Adolescência, uma visão Trigeracional
Norma Emiliano


Quando nos referimos à fase da adolescência, detemo-nos no comportamento popularmente denominado "aborrecente" dos jovens que, nesta etapa, tudo questionam, irritam-se quando suas idéias não prevalecem e acabam "aborrecendo" àqueles com quem convivem. Se ampliarmos nossa visão, poderemos considerar a adolescência como parte de um complexo processo de transformação que a família atravessa ao longo do seu desenvolvimento.

Os filhos crescem, começam a ter contato com outros grupos e aos poucos vão percebendo as diferenças de regras nas famílias de seus amigos; por outro lado há uma cultura própria dessa fase, que se percebe no vocabulário, roupas, valores, etc... Eles passam a contestar as normas e padrões familiares. Ao mesmo tempo, os pais ao se relacionarem com seus adolescentes estão retomando a sua própria adolescência e, algumas vezes, ficam confusos e assustados, pois os conflitos não resolvidos por eles vêm à tona influenciando suas ações e reações. Associadas as essas pressões há, também, as necessidades internas de outros membros da família que estão atravessando outro estágio em seu ciclo de vida: a maioria dos pais aproxima-se da meia idade, momento em que podem ser levado a avaliar suas satisfações pessoais, o casamento e carreira; os avós enfrentam a aposentadoria, doenças e mortes. Portanto, é um período no qual as pessoas defrontam-se com grandes desafios e que vai exigir mudanças e reorganização de papéis na família, envolvendo, no mínimo três gerações.

A maioria das famílias, depois de certa indecisão, tem capacidade de ultrapassar essa etapa reorganizando-se, mudando normas e limites. Algumas são incapazes de se adaptarem às mudanças e não conseguem ter flexibilidade e dar espaço para os adolescentes crescerem. Há a paralisação, que eventualmente se expressa no comportamento sintomático do adolescente (depressão, abuso de drogas, doenças psicossomáticas, etc...). O sintoma denuncia a disfunção familiar. Neste momento a família necessita procurar ajuda profissional para poder encontrar alternativas para lidar com as circunstâncias novas e assim, seguir em frente, liberando o adolescente para continuar seu processo de crescimento e amadurecimento.


Norma Emiliano é Terapeuta de Família e Assistente Social, e mantém a homepage Pensando em Família.


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