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NOVO MARKETING POLÍTICO
Faustino  Vicente

A complexidade do mundo dos negócios tem no marketing um valor agregado de grande importância, na conquista e na fidelização dos clientes. “Marketing não é uma batalha de produtos, mas uma batalha de percepção”. A tecnologia está fazendo com que os produtos de uma mesma categoria, cada vez  mais, se mostrem parecidos. Exemplo: Como distinguir a marca de um televisor, entre vários funcionando, sem a exibição da etiqueta do fabricante? Posicionar a marca na mente do consumidor é tarefa de marketing, pois a mente humana não registra dois primeiros lugares ao mesmo instante.

As atuais determinações do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, válidas para as próximas eleições têm, entre outros, o objetivo de reduzir o custo das campanhas, dar transparência e facilitar o controle público sobre os gastos dos partidos e reduzir a desigualdade do poder financeiro entre os candidatos. Entre essas medidas destacamos a proibição dos showmícios, a distribuição de brindes como camiseta, bonés, chaveiros, cestas básicas ou quaisquer outros tipos de bens materiais que possam ser doados aos eleitores. Também, os outdoors não mais serão meios de propaganda.

Maior transparência sobre as doações, com restrições a entidades que recebam recursos públicos, e a prestação de contas pela Internet são medidas que, se não vão eliminar possíveis simulações contábeis, irão pelo menos dificultá-las. As novas regras do jogo visam erradicar o superficial e valorizar o essencial, ou seja, a biografia do candidato – novo enfoque do marketing político. O programa qualitativo e quantitativo das propostas dos partidos é de fundamental importância para que se faça o planejamento estratégico dos anos de mandato, onde deve constar, de forma didática e pedagógica, cada um dos planos de ação. Não basta falar o que será feito, isto a sociedade já sabe: investimentos em educação, saúde, saneamento básico, infra-estrutura, pesquisa e desenvolvimento científico, segurança pública, preservação ambiental, assentamento de sem terras, moradias urbanas, geração de empregos, enfim combater a mais cruel das violências – a desigualdade econômica e social – linha divisória entre o oceano de pobres e a  ilha de ricos.

Os planos de ação não devem conter apenas o que será feito, mas quais as origens dos recursos, onde serão desenvolvidos, em que data serão implementados e quais os resultados sociais, econômicos, ambientais e coletivos. Estas propostas detalhadas poderão chegar ao conhecimento dos eleitores através da mídia, pela Internet e no espaço livre que os partidos têm na televisão e no rádio. Entidades de classe, faculdades, igrejas, clubes, ONGs, entre outras, devem promover debates para que o eleitor possa conhecer, analisar, comparar, refletir, julgar e decidir em quem votar. Conduta ética e competência técnica deverão encabeçar os pré-requisitos de uma candidatura.

Para os que julgam que existem as pessoas simples não têm a devida compreensão, relatamos uma pequena história. Um ilustre político convidou um famoso  economista para fazer uma palestra e no final da brilhante apresentação do professor, o anfitrião apanhou o microfone e sugeriu que os participantes fizessem perguntas ao palestrante. Apesar da insistência ninguém se atrevia a falar, até que um cidadão, carinhosamente conhecido como Zé do Mato, levantou-se e falou: “Com sua licença professor - eu acho que o senhor, nessas duas horas de falatório só quis explicar uma coisa: se nós gastarmos mais do que nós ganhamos, nós quebramos.” Somente os incautos menosprezam a sabedoria popular.

Uma reflexão sobre cidadania nos leva a concluir que temos o direito de exigir conduta ética dos candidatos e, paralelamente, temos o dever moral de não  vender a nossa consciência por qualquer espécie de vantagem pessoal futura ou em pagamento de benefício já recebido.



 


* Faustino  Vicente  - Consultor de Empresas
e-mail: faustino.vicente@uol.com.br - tel. (011)  4586.7426
Jundiaí (Terra da Uva)  - SP

Publicado no Portal da Família em 05/09/2006

 

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