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Mês de Maio Mês de Maria

 

 

Transcrito do Livro Os Mistérios de Maria, Página 32, de Antônio Cardigos, Editora Rei dos Livros:

A Virgem Fiel

Quando Miguel Ângelo acabou de esculpir "a Pietà" do Vaticano, alguém lhe perguntou por que representara Nossa Senhora mais jovem que o seu Filho Jesus.
O famoso escultor respondeu: As pessoas enamoradas e fiéis não envelhecem!
Que Nossa Senhora nos ensine a enamorar-nos de verdade e a ser fiéis.


Transcrito do Livro Os Mistérios de Maria, Página 48, de Antônio Cardigos, Editora Rei dos Livros:

O rosto da Mãe

Corria-se a volta à Itália em bicicleta. Na etapa da montanha, os ciclistas escalavam o monte com muita dificuldade. De repente, Bartali saiu do pelotão e, pedalando, pedalando, mantém a fuga e chega isolado a cortar a meta.
Fazem-se muitas perguntas, inúmeros comentários sobre a proeza. O próprio Bartali acabou por explicar o sucesso: Foi muito simples, estava cansado, como todos os meus companheiros. Levantei então a cabeça e olhando a linha do horizonte, divisei a saliência de uma pedra que parecia desenhar o rosto de minha mãe. Veio-me à cabeça a sua preocupação pelos meus irmãos mais novos. Eles precisavam que eu ganhasse aquela etapa. O prêmio dos Alpes era muito importante para lhes pagar os estudos. Foi como se eu tivesse tomado uma injeção de energia. Se soubessem como as minhas pernas começaram a pedalar?! Vamos, tenho que ganhar! disse para comigo próprio.
Quando cortei a meta no meio dos aplausos, senti que aquela etapa tinha sido ganha pela minha mãe.
Se ganhamos o Céu, é a nossa mãe do Céu que o ganha para nós. Não o ganhamos sem Ela. Ela puxa-nos para cima, e tem pressa de que o ganhemos. Nas várias etapas da nossa vida, sobretudo se são de montanha, reconheçamos o rosto de Maria, nossa mãe e causa da nossa esperança. Digamos-lhe muitas vezes, ao longo do dia: Minha Mãe, minha confiança.


Transcrito do Livro Os Mistérios de Maria, Página 68, de Antônio Cardigos, Editora Rei dos Livros:

O mendigo de Pacorbo

A história fala-nos de um mendigo e de uma ermida dedicada a Nossa Senhora. O mendigo costumava ir lá rezar todos os dias. O seu problema era o problema de todos os mendigos do mundo: ter dinheiro suficiente para comer; a humilhação de pedir. As pessoas que iam à ermida deitavam esmolas através das grades, e o pároco de vez em quando recolhia-as e comprava flores com elas.
A oração do mendigo era asssim: Bom dia Mãe. Está calor. Muito calor. Às vezes gostava de ser rico. Comprava-te... Bem, já vês! Que parvoíce! Como se tu não soubesses isso. No dia em que não venho cá, parece-me que me falta qualquer coisa!. Bem, o sol já vai alto e cheio e o estômago está vazio.
Mas o surpreendente vinha depois: o mendigo metia a mão nos bolsos, contava o dinheiro e, quando não chegava, pedia um empréstimo a Nossa Senhora.
A maneira de se apropriar do dinheiro era simples. Cobria de pez a ponta da bengala, que introduzia através das grades da ermida e com ela procurava apanhar algumas das moedas que os devotos atiravam para o pavimento e que ficasse ao seu alcance. Mas lá isso, era honesto. Apontava tudo num livro: devo, devolvi...
Ao regressar a casa, o mendigo perguntava ao neto que vivia com ele: estudaste? comeste? E estendia-lhe um pão, uma maçã. E os olhos do miúdo riam ao ver o tamanho da maçã. A maior era sempre para o miúdo. Gostavam muito um do outro.
Passaram os anos. O mendigo adoeceu e então rezava assim: Mãe deixa que eu viva até que ele termine os estudos. Só te peço mais dez anos de vida. Se não puder ser, paciência. Tu é que sabes. Mas protege o meu neto. Até amanhã.
Mas no céu decidiram que o velho já tinha lutado bastante e chamaram-no, para ficar a conversar eternamente com Nossa Senhora.
E à noite, o neto acariciava recordações: a bengala de ponta escurecida pelo pez, o alforge, a colher que guardava o segredo de repartir mais para os outros e ah! o velho livrinho. Soltaram-se-lhe as lágrimas. O rapaz leu devagar e em voz alta. Dizia: Isto vai mal. Apanhei a Nossa Senhora dez escudos. Ao todo devo-lhe cinqüenta e cinco escudos. Depois abriu a última página escrita, a do dia em que o avô morreu e dizia assim: dia oito de Dezembro, hoje estou em paz com Nossa Senhora.


Transcrito do Livro Os Mistérios de Maria, Página 97, de Antônio Cardigos, Editora Rei dos Livros:

A bandeira da Europa

Em 1950, o Conselho da Europa abriu um concurso para a elaboração da bandeira da recém-nascida comunidade européia.
Arsene Heitz, artista de 80 anos, de Strasbourg, apresentou vários projetos e um deles representando 12 estrelas sobre fundo azul; foi esta que ganhou.
Onde se foi inspirar o artista? Naquela altura andava a ler a história das aparições de Nossa Senhora na Rue du Bac em Paris, que hoje é conhecida com Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. O artista inspirou-se na imagem de Nossa Senhora da Conceição, que representa a figura do Apocalipse: a mulher vestida de sol, a lua debaixo dos pés e na cabeça uma coroa de 12 estrelas.
Claro está que nem as estrelas, nem o azul da bandeira da Europa são propriamente símbolos religiosos. Neste sentido Paul Lévy, primeiro diretor dos serviços de imprensa e informação do Conselho da Europa, quando explicou aos membros da Comunidade Econômica o sentido do desenho, interpretou o número das doze estrelas como o algarismo da plenitude, já que na década de 50 não eram 12 nem os membros do Conselho da Europa nem os da Comunidade Européia.
E, talvez sem dar por isso, esta insígnia proposta por Heitz foi adotada oficialmente no dia 8 de Dezembro de 1955.
São muitas coincidências, casualidades, para que não nos seja difícil descobrir, por entre as dobras da nossa bandeira de europeus, o sorriso e o carinho de Nossa Senhora Rainha da Europa, disposta a dar-nos uma mão neste desafio lançado pelo Papa de recristianizar o Velho Continente.


 

 

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