Resenha:
"Organizador de preciosas antologias de textos como O
livro das virtudes, O livro das virtudes II: o compasso moral, O livro das
virtudes para crianças e O livro dos heróis para crianças – todos publicados
no Brasil pela Editora Nova Fronteira – o norte-americano William J. Bennett
volta a fazer um trabalho delicado e emocionante em O livro da fé para crianças.
São histórias de fundo religioso que podem ser lidas como fábulas, pequenas
narrativas de confiança na humanidade e no mundo.
Bennett ressalta na introdução que as histórias escolhidas pertencem à tradição
judaico-cristã porque é a esta tradição que ele pertence, é sobre ela que
ele se debruça como cristão e estudioso há muito tempo, estando apto para
realizar tal seleção. Mas lembra que não há no livro qualquer tentativa de
diminuir outras religiões, sendo a fé um bem a ser louvado independentemente
da tradição de quem a possui.
A primeira das histórias do livro é uma das mais conhecidas: “Daniel na
cova dos leões”. A fé irremovível de Daniel em Deus o salva dos leões, para
quem foi atirado devido à inveja e à vaidade de outros homens. Outras fábulas
que mostram a importância da fé e, em última instância, da bondade e da fraternidade
estão na seleção de Bennett, como, por exemplo, “A lenda de São Cristóvão”,
“A cura do paralítico”, “O Gigante Egoísta”, “O passeio de Santo Agostinho
à beira do mar”, “Uma luz a nos guiar”, “O menino que trouxe luz para um mundo
de trevas”, “A semente” e “Por que os sinos tocaram”, esta uma bela história
natalina.
Ao longo do livro, há capítulos que são orações, momentos de reflexão e
prece. Outros capítulos são poemas, como “Ele há de ouvir”, de Jane Taylor,
cuja primeira estrofe é: “Deus é tão bom que há de ouvir/ O que humildemente
uma criança lhe pedir./ Sempre estará pronto a escutar/ Mesmo a menor delas
a orar.” Tendo como último capítulo, significativamente, o Pai-nosso, O livro
da fé para crianças é um caminho singelo para se transmitir a fé para as crianças,
transmitindo, sobretudo, conhecimento e estímulos à imaginação."
O autor
William J. Bennett foi ministro da educação, diretor do Departamento Nacional
de Controle de Drogas, membro destacado da Heritage Foundation e editor da
National Review, nos Estados Unidos. De acordo com a revista Time, é considerado
uma das pessoas mais influentes naquele país, como divulgador de valores
tradicionais. O livro das virtudes, um dos best-sellers de 1984, recebeu
o cobiçado Prêmio Pulitzer, tornando-se amplamente difundido entre os jovens.
Em seguida, O livro das virtudes II: o compasso moral veio juntar-se ao primeiro,
guiando o leitor através de desafios éticos e espirituais, como o casamento,
a educação dos filhos, a solidariedade para com o próximo e o cumprimento
da cidadania. A edição O livro das virtudes para crianças segue a mesma linha
de contos, histórias e poemas que ressaltam as virtudes dos homens e apresenta-se
como uma alternativa de leitura educativa de rara qualidade. Seus livros publicados
no Brasil já venderam mais de 200.000 exemplares.
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