Os metodos naturais são aqueles onde não há interferência no ciclo menstrual da mulher e não se usa qualquer artifício. O mais eficaz é o chamado Método da Ovulação ou Método Billings, onde a mulher, por observações feitas diariamente reconhecerá os seus dias férteis ao redor da ovulação. Não é difícil aprender (mulheres pobres, cegas e analfabetas em Bangladesh, um dos países mais pobres do mundo, usam este método com êxito! !) e não custa nada! Mas necessita da cooperação do parceiro e decisão a dois sobre o "transar" ou não nos dias que o casal sabe que a mulher pode engravidar. Por outro lado, este método aumenta em muito o entrosamento do casal , que aprenderá a mostrar nos dias férteis da mulher o seu amor um pelo outro em manifestações outras que a relação sexual , quando deseje evitar a gravidez . Se usado corretamente, apresenta uma eficácia de 98,5%. É muito usado pelos especialistas para ensinar os casais que têm dificuldade para ter filhos a concentrar as relações sexuais nestes dias, a fim de aumentar as chances de concepção.
A tabelinha ou ritmo ou ogino-Knauss, muito usada pelos adolescentes, é outro método natural onde, por meio de cálculos baseados na duração dos ciclos menstruais anteriores, a mulher determina os seus dias férteis do ciclo menstrual em curso. Também se evitam as relações nos dias férteis calculados, mas há bastante falha!! De 20 a 30 %, isto é, de 20 a 30 mulheres em cada 100, usando este método engravidarão dentro de um ano e isto ocorre porque há poucas mulheres com ciclos menstruais sempre regulares.
Os métodos hormonais são muito conhecidos em nosso meio.
Quem nunca ouviu falar da “pílula”, o Anticoncepcional Oral (AO)?
Sob forma de injeção, chama-se Anticoncepcional Injetável (AI).
Para explicar como funcionam, imaginemos o ciclo menstrual como um relógio biológico com um ponteiro só, movido pelos hormônios internos da mulher. Quando o ponteiro chega a 6, há a ovulação e quando atingir 12 há a menstruação. Entre 12 e 6 horas, os hormônios levam à "maturação" da mucosa do endométrio (camada interna do útero). Às 6 horas ocorre a ovulação. Se não houve concepção naquele ciclo, o endométrio será expelido em forma de menstruação às 12 e um novo ciclo inicia.
O uso dos hormônios sexuais sintéticos influencia este relóqio biológico. Sem impedir a menstruação, muitas vezes impedem a ovulação e consequentemente, são anticoncepcionais. Mas as pílulas modernas com dosagem menor, muitas vezes não impedem a ovulação e se ocorrer fecundação, o óvulo fecundado não poderá se fixar no endométrio por este não estar preparado para acolhê-lo devido aos hormônios ingeridos. Nestes casos, funcionam como microabortivos. O índice de falha deste método é de 0,5 a 2,5 % (dados da OMS, Organização Mundial da Saúde). A OMS não aconselha o uso de pílula para meninas com ciclos irregulares, antes que seja esclarecida a causa de tal alteração e também não é aconselhável para meninas antes de ter decorrido 3 anos desde a primeira menstruação.
Quando usados devem ser tomados diariamente, mais ou menos na mesma hora do dia. Se a menina esquecer de tomar a pílula 2 ou 3 dias em seguida, ela não estará protegida de uma provável gravidez. Há pessoas que sentem dores de cabeça, náuseas e vômitos com o seu uso, e de qualquer modo, NUNCA se deve tomar remédios sem indicação médica. É imprescindível verificar se não existem contraindicações: algumas mulheres nunca poderão tomar pílula na vida!
Dos injetáveis, pode-se dizer que apesar de serem mais fáceis de usar (só uma vez ao mês ou a cada 3 meses) são formalmente contraindicados na adolescência.Há casos de jovens que após interromperem o seu uso, nunca mais menstruaram ou conseguiram engravidar.
Os métodos de barreira ou mecânicos também são métodos contraceptivos, isto é, tentam impedir que os espermatozóides atinjam o útero, assim impedindo a concepção.
O mais conhecido e mais usado entre adolescentes é o condom, camisinha, preservativo ou camisa de vênus, a respeito do qual proliferam campanhas em massa (pela TV, as campanhas do Braúlio e do perú). O seu índice de falha é de 2 a 13% entre adolescentes (dados da OMS, 1985). As campanhas são direcionadas para promover o seu uso a fim de evitar a transmissão do vírus HIV que causa AIDS. De fato, usando a camisinha, estamos fazendo sexo protegido, isto é, diminuindo as chances de nos contaminar com o vírus HIV, no caso do parceiro ser portador. Mas não podemos falar de sexo seguro, o que implica proteção de 100% contra AIDS. Já vimos, a falha do condom para evitar a gravidez é de 2 a 13% (OMS 1985), porém contra AIDS, a falha é maior, 31% (Susan C.welles na revista: Social Science and Medicine, 1993).
Por que tudo isto? E por que razão há mais falha para o HIV do que para gravidez?
O Látex ou borracha usada para a fabricação dos preservativos tem ‘poros’ naturais, isto é, "buracos" naturais, não visíveis a olho nu, mas somente em microscópios potentes. E estes poros têm tamanho de 50 a 500 vezes o tamanho do vírus da AIDS! (Rubber Chemistry & Technology, junho de 1992).
A contaminação pelo HIV pode acontecer sem qualquer dependência da hora do dia ou do dia do mês, pois uma relação pode ocorrer a qualquer hora. No entanto, o espermatozóide, que é 450 vezes maior em tamanho do que o vírus HIV, para se unir ao óvulo e causar gravidez, deve ter contato com o muco fértil da mulher, o que ocorre somente durante mais ou menos 7 dias do ciclo menstrual, que por sua vez acontece cerca de 12 vezes ao ano. Em outras palavras, a mulher só pode engravidar durante 7 vezes 12 , ou seja, 84 dias num ano de 365 dias. Se ela tiver relações sexuais nos outros dias, mesmo sem "protecão", não pode engravidar por não haver óvulo à disposicão para a fecundação. É portanto uma simples questão de Matemática, pois com relação ao vírus da AIDS, este pode ser contraído nos 365 dias do ano! Estes fatos foram destacados pelo Dr. J.Elias Murad, médico farmacologista e Deputado Federal num artigo publicado na Revista de Conselho Federal de Medicina, orgão oficial deste mesmo conselho, em maio de 1997.
Também há outras razões para falha da "camisinha": o seu mau uso, sua má qualidade, ter data de validade vencida ou ter suas propriedades alteradas por transporte inadequado.
Outro método muito conhecido que é microabortivo é o DIU ou dispositivo intrauterino. Mas também há falhas! Obstetras podem contar casos onde a mulher deu à luz, mesmo usando DIU. Em todo caso, é absolutamente contra-indicado em mulheres jovens que nunca tiveram filhos.É uma peça metálica, que colocada na cavidade uterina, impede o desenvolvimento fetal, sendo portanto abortiva.
Resumindo, podemos dizer que, para se evitar a gravidez de maneira 100% segura, é necessário evitar qualquer relacionamento sexual, durante o período fértil da mulher.
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