Portal da Família
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A depressão... tem nome de mulher |
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Nuria Chinchilla |
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A incidência de depressão nas mulheres atualmente é o dobro da quantidade de ocorrências em homens. Mas, quais são as causas para esta maior incidência? A psiquiatra Marian Rojas Estapé nos explicou esta relação causal na última conferência da Plataforma de Mulheres IWILL (IESE Women International Leadership Lounge), ocorrida no campus do IESE em Barcelona, Espanha (IESE Business School Universidad de Navarra). As causas desta grande diferença são muito variadas. Em primeiro lugar, biológicas. Os hormônios e o sistema endócrino são diferentes entre homens e mulheres e possuem diferente incidência nas diferentes etapas da vida da mulher: infância, puberdade, idade fértil, gravidez, síndrome pré-menstrual e menopausa. Falando das diferenças e da complementaridade entre homens e mulheres, a especialista comentou como a mulher tende a unir e o homem tende a separar, como a mulher, para resolver conflitos, necessita de falar e sentir-se querida, enquanto o homem necessita isolar-se e sentir-se necessário. Em segundo lugar, os fatores psicológicos: o tipo de vida, estudos, nível profissional, número de filhos... Em terceiro lugar, as causas socioculturais, dado que o papel da mulher na sociedade e cultura atual mudou bastante. No século XXI a mulher recebe uma grande pressão para ser boa profissional e, ao mesmo tempo, conciliar o trabalho com a atenção e o cuidado da sua família. Ela afirmou que os homens muitas vezes têm carreiras lineares enquanto a mulher, em alguma etapa da vida, tem que parar, cuidar-se e cuidar da família para não quebrar. A psiquiatra também destacou a importância do vínculo afetivo antes dos 2 anos de idade. Embora nessa idade a criança ainda não tenha memória, porque o hipocampo ainda não começou a atuar, existe uma estrutura que armazena as emoções e, dependendo de como a criança foi tratada, com carinho ou não, são produzidas substâncias as quais são liberadas no organismo, para melhor ou pior, com repercussão na idade adulta. Os primeiros meses de vida da criança são básicos para seu desenvolvimento. Dessa forma recomenda-se fomentar uma afeição saudável com o recém-nascido, sem estar demasiado em cima nem superproteger o bebê. O extremo em que as mulheres muitas vezes caem é o perfeccionismo, o estar preocupada com tudo e eternamente insatisfeita, porque tudo sempre pode ser melhorado... Em alguns casos, esta tendência pode converter-se em um transtorno obsessivo. Por isso, a psiquiatra aconselha a pensar positivo, lembrando-nos que 90% das coisas que nos preocupam quase nunca acontecem. Ao pensar de forma positiva ou negativa são segregadas as mesmas substâncias em nossa mente (e portanto, em nosso corpo) como se o que pensamos estivesse realmente acontecendo. Sendo assim é recomendável controlar os pensamentos negativos se não queremos acabar doentes por excesso de cortisol, que provoca artrite e gastrite, entre outros efeitos negativos para o organismo, consequência do declínio do sistema imunológico. Ela também falou da terrível influência e impacto do vício em pornografia nos homens e jovens. A pornografia afeta negativamente tanto homens como mulheres em idades cada vez menores, incentivando-os a ter relações sexuais rápidas e alienadas dos sentimentos e sem considerar a pessoa em sua totalidade. Então, vamos pensar positivo! Veja o vídeo da apresentação de Marian Rojas:
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Fonte: Blog de Nuria Chinchilla - Valores y ecología humana http://blog.iese.edu/nuriachinchilla Publicado no Portal da Família em 04/10/2015 |
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