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Gianna Beretta Molla, «a mãe coragem» |
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Beata Gianna Beretta Molla, mãe de família, médica, não duvidou em oferecer a sua vida, negando-se a se submeter a um tratamento contra o cancro, que certamente teria significado a morte do seu bebê, em 1962. Beatificada a 24 de Abril de 1994, pelo próprio Santo Padre João Paulo II, a sua canonização tornou-se possível devido ao reconhecimento de um segundo milagre atribuído à sua intercessão. E o milagre atribuído a Gianna, e reconhecido pela Igreja, é o nascimento justamente de uma menina brasileira, após uma gravidez com grave trauma, sem depois deixar vestígios, fato que até agora não tem antecedentes na história. O caso foi experimentado por Elisabete Arcolino Comparini. No início do ano 2000, o terceiro bebê que havia concebido começou a experimentar sérios problemas. No terceiro mês, a jovem mãe perdeu totalmente o líquido amniótico. O feto, sem a proteção natural, deveria ter perdido a vida. Mas, sem explicação científica, em Maio daquele ano nasceu a saudável menina. Os seus pais, que naqueles dias haviam decidido recorrer à intercessão da beata, a chamaram Gianna Maria. Esposa, mãe e profissional santa Já tendo três filhos, Gianna estava noutra gravidez quando, ao segundo mês, percebeu que algo não ia bem. Procura um especialista, Dr. Vitali, que diagnostica um fibroma no útero e aconselha a cirurgia. Como médica, ela sabe que, para salvar o bebê, a remoção do tumor tem que ser feita com extremo cuidado, mas que a gravidez é de alto risco para ambos. Na melhor das hipóteses, se a gestação chegar ao fim, o risco maior na hora do parto será para a mãe. Num gesto de amor materno genuíno, decidiu: "Já que devo escolher, quero que viva a criança. Professor, faça tudo para que a gravidez chegue ao final". E assim foi feito, com a cirurgia sendo um sucesso. Com apenas 10 dias de recuperação, disse ao marido, ainda no hospital: "Pietro, se tiver de decidir entre mim e o meu filho, exijo, escolha-o, salve o bebê!". Na Sexta-Feira Santa de 1962, ela dá entrada na Maternidade de Monza. Diz para a enfermeira: "Estou aqui para cumprir a minha obrigação de mãe! Estou disposta a tudo para salvar o meu filho!". No Sábado Santo, mediante cesariana, nasce Gianna Emanuela, mas para a mãe inicia-se uma dolorosa agonia, que durará oito dias. Percebendo que já não havia esperanças, ela diz ao marido: "Leve-me para casa. Eu desejo morrer no meu leito de esposa". Na noite daquele sábado (28 de Abril de 1962), chegando em casa, ainda teve tempo de ouvir mais uma vez a voz dos seus filhos. Duas lágrimas correram-lhe pelo rosto. Depois a respiração tornou-se cada vez mais fraca e fizeram-se ouvir as suas últimas palavras: "Jesus, eu te amo! Jesus, eu te amo! Ao amanhecer da Páscoa, aos 39 anos de idade, foi para o céu". Canonização Em um dos momentos mais emotivos da cerimônia, o Papa referiu-se a Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962), uma mãe de família "simples mas particularmente significativa mensageira do amor divino". Na presença de seus quatro filhos e seu esposo Pietro Molla - agora de 91 anos de idade- o Papa lembrou o testemunho da italiana que comoveu o mundo ao renunciar sua vida para salvar a do bebê que esperava, Gianna Emmanuella. "Poucos dias antes de seu casamento, em uma carta ao futuro marido, escrevia 'O amor é o sentimento mais belo que o Senhor colocou no espírito dos homens'", disse o Pontífice. "Seguindo o exemplo de Cristo, que 'tendo amado aos seus... os amou até o extremo', esta santa mãe de família foi heroicamente fiel ao compromisso assumido no dia da celebração de seu matrimônio. O sacrifício extremo que selou sua vida testemunha como só quem tem o valor para entregar-se totalmente a Deus e aos irmãos se realiza pessoalmente", indicou. O Papa pediu que "nossa época redescubra, através do exemplo de Gianna Beretta Molla, a beleza pura, casta e fecunda do amor conjugal, vivido como resposta ao chamado divino". Segundo a biografia oficial da nova santa, uma das poucas mulheres não-religiosas a alcançar a glória dos altares, conhecida como "a mártir do amor maternal" por ter preferido sacrificar a própria vida para dar à luz sua filha, o Brasil representava para ela um país ao qual queria ajudar, para onde pensou em se mudar na juventude como missionária leiga. "O extremo sacrifício que levou a sua vida é prova de que só aqueles que têm a coragem de se entregar totalmente a Deus e seus irmãos podem realizar-se", postulou o Papa esta manhã, frente a mais de 50 mil pessoas na Praça de São Pedro. Entre elas encontravam-se o marido de Gianna Beretta Molla, hoje com 91 anos, e os seus quatro filhos, incluindo a rapariga que viria a nascer uma semana antes da morte da mãe, Gianna Emanuela. "Jamais acreditei estar vivendo com uma
santa. Minha esposa tinha infinita confiança na Providência
e era uma mulher cheia de alegria de viver. Era feliz, amava sua família,
amava sua profissão de médica, também amava sua casa,
a música, a montanha, as flores e todas as coisas belas que Deus
nos tinha dado", disse o marido Pietro Molla em uma entrevista, enquanto
seus olhos brilhavam de intensa emoção. "Sempre me
pareceu uma mulher completamente normal, mas como me disse o Monsenhor
Carlo Colombo, a santidade não é feita somente de sinais
extraordinários. É feita, sobretudo, da adesão cotidiana
aos desígnios inescrutáveis de Deus", acrescentou.
THE SOCIETY OF BLESSED GIANNA BERETTA MOLLA |
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