Portal da Família
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Uso de Medicamentos na Terceira Idade |
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Dra. Roberta da Silva |
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No Brasil 70% dos idosos possuem pelo menos uma patologia crônica, ou seja, necessita de tratamento medicamentoso e uso regular de medicamentos. Recente pesquisa realizada pelo Centro de Referência do Idoso demonstrou que 56.6% dos idosos possuem receitas com mais de quatro medicamentos de uso contínuo, fato este que confunde o paciente. Associa-se a este fato a fisiologia do envelhecimento, na qual a absorção destas drogas e sua eliminação tomam um caráter diferente daqueles com idade adulta. Por exemplo, a dose mínima de uma determinada droga pode causar efeitos adversos sérios como se fosse utilizada sua dose plena num adulto, ou seja, o máximo da medicação utilizada num dia. Os idosos são mais suscetíveis aos efeitos colaterais e estes podem incrementar patologias já existentes. O uso de medicamentos contra vertigem, por exemplo, pode piorar a cognição, no caso de pacientes com demências (Alzheimer) piorando um quadro já estabelecido. Por isso, somente um médico habilitado, pode fazer o acerto da dosagem necessária para que não haja piora de patologias existentes ou início de outras manifestações causadas por drogas. Ao geriatra – médico especializado em idosos - também cabe muito mais do que a prescrição correta. Há a necessidade de individualizar a maneira que o paciente irá tomar esses medicamentos. Muitos idosos possuem diminuição visual ou déficit cognitivo, o que prejudica a tomada correta destes. É preciso avaliar a capacidade que cada paciente possui de realizar esta tarefa de maneira correta. Muitos necessitam de supervisão familiar e outros precisam que os mesmos sejam administrados por terceiros. Isso faz parte do plano de tratamento, evitando desta forma as superdosagens ou doses mínimas, ambas ineficazes ao paciente, e que poderão levar a sérios problemas por piora da patologia que se pretende tratar ou efeitos colaterais que poderão ser iniciados. Algumas dicas úteis podem ser postas em prática no seu dia a dia:
Seguindo estas orientações e possuindo um acompanhamento médico adequado, haverá uma melhora na sua qualidade de vida. Não esqueça: você não tem obrigação de conhecer os efeitos colaterais de medicamentos que utiliza, mas seu médico tem o dever de conhecê-las e orientá-lo. |
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Dra. Roberta da Silva - CRMRS 27659 - É médica em especialização em Geriatria pela PUC-RS, e mora em Canoas-RS e-mail: robertageriatria@yahoo.com.br |
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