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Divórcio prejudica rendimento escolar

Eduardo Gama

O divórcio dos pais é, em muitos casos, o responsável pelo baixo rendimento

A estrutura familiar influencia significativamente nos resultados educacionais dos filhos. Essa foi a conclusão de um estudo publicado em Janeiro pelo Center for Marriage and Families, órgão do Institute for American Values, de Nova Iorque. A diretora da entidade, Elizabeth Marquar-dt, atraiu grande atenção no ano passado com seu livro a respeito dos efeitos do divórcio sobre os filhos.

Entre os adolescentes, as conseqüências negativas por causa da estrutura familiar são notavelmente mais graves. Afetam assuntos tais como o índice de abandono escolar, o nível de graduação e a idade da primeira gravidez.

Principais problemas

O estudo ressalta certo número de padrões de comportamento negativos mais evidentes nos filhos de famílias divididas:

- Má conduta escolar: A desintegração familiar está associada, nos meninos, com uma incidência maior de comportamento anti-social na sala de aula. Os filhos de lares com pais casados apresentam poucas incidências de má conduta na escola.

- freqüência escolar e atraso: os estudantes de famílias divididas abandonam a escola com freqüência 30% superior aos dos lares unidos. Estas diferenças existem em parte porque os lares divididos parecem ser menos capazes de supervisionar os filhos.

- consumo de drogas ilegais e álcool. Os adolescentes de famílias dividas têm mais probabilidade de consumir drogas e álcool, inclusive quando são levados em conta todos os fatores, como idade sexo, raça e nível de educação. Ou seja, em todas as idades e níveis de educação.

- Problemas psicológicos: Para as crianças, crescer sem os pais casados está relacionado com altos níveis de stress, depressão, ansiedade e baixa auto-estima durante os anos da adolescência; problemas que podem diminuir sua capacidade de concentração e atenção nas aulas. O estudo mostra, com bons fundamentos, que o divórcio dos pais resulta em efeitos emocionais negativos durante a infância, adolescência e idade adulta.

A recomendação final é a que a política educativa e familiar devem andar de mãos dadas. Se a sociedade deseja crianças com educação de melhor qualidade, é preciso consolidar a família e apoiar a família.

O estudo completo pode ser encontrado no endereço:

www.americanvalues.org/briefs/No1_Nov05.pdf



 


 
Eduardo Gama, redator do Portal da Família e editor do informativo Em Foco (emfoconoticias.blogspot.com), é jornalista, publicitário e mestrando em Letras pela USP.  

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