A 22 de Janeiro (2007), algumas mídias recordaram os 34 anos do caso “Roe vs Wade”, em que o Supremo Tribunal Americano concedeu o direito de abortar a Jane Roe, nome fictício de Norma McCorvey. Esqueceram-se (?) alguns de que Norma, nem chegou a abortar e, depois de trinta anos a fazer campanhas pró-aborto se converteu em defensora da Vida contra o aborto.

REFLEXÕES

Norma, hoje com 57 anos de idade, está profundamente arrependida, luta pela Vida e trabalha para que o aborto volte a ser considerado crime nos Estados Unidos da América. A própria confessa: “Foi lamentável o dia em que o Supremo Tribunal Americano permitiu que as mulheres assassinassem os seus filhos”.

Norma McCorvey , nascida em Dallas, no Texas, aos vinte anos era solteira, pobre, maltratada, viciada em drogas e lésbica. Hoje passadas três décadas e meia, luta pela Vida e renega todo o seu passado e dá graças por não ter chegado a abortar: “Por sorte não cheguei a abortar. Agora aconselho as mulheres desesperadas. Minha missão na vida é ajudá-las a evitar que abortem”.

Entrevistada pelo jornal El Mundo, em 19 de Dezembro de 2003 sobre se admitiria “o direito ao aborto em absoluto, nem mesmo em casos de estupro ou perigo para a vida da mulher?”, respondeu: “Não há nenhuma diferença. De qualquer forma, continua sendo um assassinato”. Durante 17 anos McCorvey permaneceu no anonimato. Deu o seu filho em adopção e tentou seguir adiante. Para os grupos pró-aborto era uma heroína e para a frente anti-aborto, o símbolo da degradação do país. Somente nos anos Oitenta revelou o mistério de quem era Jane Roe. Ela que havia escrito um livro em favor do aborto e havia trabalhado em clínicas de aborto. Inclusive tentou suicidar-se várias vezes.

Em 1995, norma converteu-se em defensora da Vida e surpreendeu tanto os abortistas como os anti-aborto. Agora lidera um movimento pró-Vida chamado “Roe no more” (Roe nunca mais”) . Este grupo, em 2003, passou a designar-se “Crossing-over” “Travessia”. Entretanto escreveu um livro “Won by Love” (Vencida pelo Amor) e se tornou numa activa defensora do Direito à Vida.