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SEXO E FAMILIA

Norma Emiliano

“... vosso corpo é a harpa de vossa alma e a vós pertence extrair dela doce música ou sons confusos”. Kalil Gibran

 

Os tempos mudaram, a liberdade sexual cresce, mas o assunto sexo ainda é tabu para muitas famílias. Por quê?

O assunto sexo não é isento de valores e uma grande parte dos pais encontra-se com muitas dúvidas de como agir em relação à sexualidade dos filhos, pois vem de uma geração muito repressiva. Antes os valores eram absolutos. Não havia muita dificuldade sobre o certo e o errado, o que devia ser permitido ou negado. As rápidas mudanças nos valores sexuais trazem medo, inseguranças e angustia aos pais.

Freqüentemente, os pais sentem-se desconfortáveis e encabulados com as demandas de seus filhos nesta área, mas a educação sexual faz parte da educação pura e simples e, deste modo, tem a finalidade de permitir ao indivíduo seu pleno desenvolvimento na promoção dos valores. Os pais são modelos dos filhos. Eles ensinam muito mais através de suas ações do que pela linguagem verbal. Assim, o lidar com seus próprios questionamentos em relação à sexualidade, o expressar através de gestos, de afeto e da aceitação mútua, o criar um ambiente de confiança, respeito e abertura formam campo fértil para os pais lidarem com a sexualidade de seus filhos.

A experiência com a liberdade começa quando os pais encaminham os filhos à auto-responsabilidade, e isto se faz cedo, o que significa a criança aprender a comportar-se por si e a fazer o certo por si.

É comum o questionamento dos pais sobre a prática do sexo entre os adolescentes no espaço familiar. Alguns, na indecisão, passam por cima de seus valores pessoais favorecendo aos filhos. Entretanto, considerar isso faz parte da aprendizagem do respeito a si próprio e do respeito pelo outro, o que perpassa todo comportamento humano e, portanto, também em relação à prática sexual.

Por outro lado, o assunto também exige comunicação entre os pais e os filhos. As conversas precisam acontecer. Os filhos precisam de uma opinião clara dos pais no sentido de guiá-los em seu processo interno para decidirem. É importante os pais expressarem seus limites, valores e as preocupações, pois mesmo que não aprovem as relações sexuais de seus jovens filhos, estarão demonstrando que se preocupam com o seu bem-estar.

Na atualidade, o sexo adolescente é problemático, tendo em vista que seu corpo está capaz, os apelos sexuais são muitos bem como as facilidades. Entretanto, poucos estão preparados para as conseqüências dos seus atos. Além disto, temos um agravante que são os meios de comunicação, que banalizam situações, passando uma simplificação que não corresponde à complexidade do ser humano.

Hoje, há um grande incentivo à educação sexual nas escolas, seja pública ou privada, tendo em vista a Aids. Todavia, os pais têm papéis preponderantes com suas atitudes. Só as informações sobre os aspectos da anatomia e fisiológica da sexualidade e reprodução não é o suficiente, É necessário também conversas sobre os mecanismos emocionais que envolvem a pratica sexual. Portanto, para se devolver nos filhos uma atitude positiva sobre o sexo, esse deve ser tratado na família de forma digna e sem preconceitos. Enfim, de forma sadia.



 


 

Norma Emiliano é Terapeuta Individual, Casal e Família, e Assistente Social, e mantém a homepage Pensando em Família.
( http://www.pensandoemfamilia.com.br)

Publicado no Portal da Família em 24/02/2007

 

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