Portal da Família
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Aids e as diversas estratégias de prevenção |
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A situação é cada vez mais preocupante e talvez por esse motivo o relatório ressalte a importância de que os programas de prevenção levem em conta a população ao qual se dirigem e sejam focados nos comportamentos com maior risco de infecção. O relatório fala em focar a prevenção nos "comportamentos de risco" (evita-se utilizar a expressão "grupos de risco" para não"estigmatizar" ninguém, embora esses comportamentos sejam peculiares desse grupo que não se quer nomear). "A relevância desses grupos de risco (como o consumo de drogas intravenosas, as relações sexuais remuneradas sem proteção e as relações sexuais sem proteção entre homens) é especialmente evidente nas epidemias de HIV da Ásia, da Europa Oriental e da América Latina", diz o relatório. Na Europa Oriental e na Ásia Central duas de cada três infecções (67%) pelo vírus HIV em 2005, ocorreram entre consumidores de drogas intravenosas. Na Ásia meridional e sudoriental (não inclui a Índia), cerca de uma cada duas infecções em 2005 se deram entre prostitutas e seus clientes, e 22% entre consumidores de drogas intravenosas. O relatório também aponta que "o germe do HIV entre homens que têm relações
sexuais com homens começa a ser evidente no Camboja, na China, na Índia, no
Nepal, no Paquistão, na Tailândia e no Vietnã". O relatório ressalta que "embora as epidemias também se propaguem entre a população em geral dos países dessas regiões, continuam bastante concentradas em grupos específicos da população. O fato ressalta a necessidade de centrar eficazmente as estratégias de prevenção, tratamento e cuidado nos grupos de população que correm maiores risco de infecção pelo HIV". Esta observação corrobora a idéia de que é pouco eficaz utilizar as mesmas
recomendações e as mesmas mensagens de prevenção entre a população em geral
e os grupos com maior risco de infecção. Para a Unaids, na América do Norte e na Europa, as relações sexuais entre homens continuam a ser um fator principal de risco. "A predominância do HIV oscila entre 10 e 20% entre os homens que mantêm relações sexuais com homens em alguns países da Europa Ocidental, com indícios de aumento das relações sexuais sem proteção nesse mesmo grupo da população". Essa porcentagem é muito superior a de outros grupos da população. Especialistas em epidemiologia apontam que esse dado não deveria ser ignorado nas campanhas de informação sobre a Aids entre jovens. Quando, na escola, se diz que a conduta homossexual é tão normal como a heterossexual e se ocultam os riscos de saúde derivados do estilo de vida homossexual, esta se escondendo uma informação relevante. Um sinal positivo é a diminuição, entre 2000 e 2005, da infecção por HIV
entre mulheres jovens, de 15 a 24 anos, em oito dos onze países africanos
com dados disponíveis. A queda foi observada em Botsuana, Burundi, Costa do
Marfim, Quênia, Malaui, Ruanda e Zimbábue. O relatório atribui a diminuição
ao adiamento do início das relações sexuais, à redução do número de
parceiros e ao maior uso de preservativos.
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Publicado no Portal da Família em 24/02/2007 |
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