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Tempo para contemplar, tempo para dar
Fernando Pascual

"Quando você se preocupa com o outro é quando você começa a se descuidar de si mesmo", disse um filósofo há muitos séculos atrás. Alguém, então, poderá pensar o seguinte: "Quando você se esquece dos demais, começa a se lembrar de si mesmo." Será verdadeiro pensar que os outros são uns obstáculos face ao cuidado de nós mesmos? Ocupar-se com o meu próximo implica em descuidar da minha própria vida?

Desde que nos levantamos até a hora em que nos deitamos, sentimo-nos divididos entre centenas de reclamações e exigências. Às vezes são os outros que nos pedem uma ajuda, um conselho, um pouco de companhia. Outras vezes somos nós mesmos que pedimos a outros que nos façam companhia para assistir a um filme, ir a uma consulta ao médico ou sair a passeio com as crianças.

Em meio a tantas solicitações e ocupações habituais, há momentos em que gostaríamos de ter uns minutos só para pensar sobre a nossa própria vida, como vai indo, o que estamos fazendo dela. Quando conseguimos uma pausa para meditação, para refletirmos a respeito da vida, nossa mente se vê perturbada por pequenos ou grandes problemas que surgem em nosso trato contínuo com as pessoas, ou ainda pelas lembranças, preocupações ou pelos desejos que mais acalentamos no coração. O tempo passa, retornamos à vida de sempre e quase não encontramos tempo para refletir.

Isto significa que devemos romper com todos, deixar de lado nossos deveres e nos dedicarmos verdadeiramente a nós mesmos? É possível delinear uma resposta se nos dermos conta de que os outros e eu não nos achamos em permanente conflito. Mais que isso: às vezes o melhor caminho que encontramos para nos ocuparmos de nós mesmos consiste em nos ocuparmos com os demais. Muitas neuroses nascem precisamente quando estamos totalmente debruçados sobre os nossos problemas, sofrimentos, dificuldades, trabalhos. Por outro lado, a alegria em dar, servir, ajudar os outros leva a um profundo crescimento  do coração, que descobre o que uma pessoa pode fazer pelas outras, e o que vale a vida quando não nos fechamos na concha do próprio egoísmo.

Isto não impede que encontremos tempo para meditar um pouco, assomarmo-nos ao Coração de Deus e perguntar-Lhe o que pensa das nossas aventuras e esperanças. Perigoso é encher-se de trabalhos, de amigos, de festas e não ter um momento de reflexão ou de descanso.  Reservar uns instantes para a contemplação nos ajuda a nos darmos com maisentusiasmo e alegria aos que vivem ao nosso lado.

O melhor modo de ser feliz é não pensar em sê-lo. A felicidade - dizia Viktor Frankl, um psicólogo austríaco - quanto mais se persegue mais se afasta de nós. A melhor maneira de dar sentido pleno à nossa vida é nos darmos aos demais e receber deles o seu amor.

Quem deseje ser feliz, há de fazer felizes os outros, no tempo e na eternidade, doando-se, sem limites, exclusivamente por amor.

ceu

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MujerNueva

Tradução: Maria do Carmo Ferreira

Fonte: MujerNueva

http://www.mujernueva.org/articulos/articulo.phtml?id=7519&td=0&tse=ANA

 

Publicado no Portal da Família em 07/05/2009

 

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