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Namoro: conhecer bem o outro

Pe. Paulo M. Ramalho

Uma pergunta sempre paira no meu coração: por que tantos e tantos casamentos se desfazem em tão pouco tempo? Há muitas respostas a essa pergunta, porém gostaria de falar sobre uma que considero das mais importantes: muitos casamentos se desfazem porque o namoro não os levou a um conhecimento profundo um do outro. 

O conhecimento a fundo do futuro cônjuge é fundamental!!! Neste sentido, a primeira coisa que devo dizer é que “é muito difícil conhecer a fundo uma pessoa”. Muito difícil mesmo!!! Não é uma tarefa fácil. Requer muito empenho e foco. Eu que trabalho conhecendo e orientando as pessoas há tantos anos me dou conta de como essa tarefa é difícil.

Para ajudá-los nessa tarefa, seguem algumas dicas:

a) tome cuidado com a paixão e com a preparação para o casamento 

Resumidamente, podemos dizer que o namoro que leva ao casamento tem duas fases: a fase da paixão e a fase da preparação para o casamento. Essas duas fases são perigosas para o conhecimento do outro. A paixão, por sua própria natureza, cega! Uma pessoa apaixonada torna-se cega. Só vê as qualidades, ou minimiza os defeitos, as diferenças. 

Logo a seguir vem o noivado, a preparação para o casamento. Nessa fase, não há muito espaço para ver as diferenças. Essa tarefa fica para segundo plano. O mais importante acaba sendo a preparação do casamento. Justamente por isso, se não se cuida, os namorados acabam não se conhecendo quanto deviam nem na fase da paixão, nem na fase da preparação. Portanto, tomem cuidado. Não sejam superficiais.

b) dê importância a todos os detalhes

Havia um general famoso que, para conhecer a fundo seus soldados, olhava sempre para a farda deles para ver como estavam abotoados seus botões. É um detalhe, mas é nos detalhes que se conhece uma pessoa. Por natureza, não damos importância aos detalhes. É lógico que devemos dar importância às coisas maiores, no entanto, não podemos deixar escapar os detalhes. Eu diria que “sempre há sinais de como é uma pessoa”!

É muito comum esta frase: “Fulana/fulano mudou muito depois do casamento”! Eu diria que essa frase não é verdadeira. Nós não mudamos muito. O que acontece é que algo que estava latente saiu para fora. E sempre, ou quase sempre, há sinais das coisas que estão latentes nas pessoas.

Como se vê, portanto, a tarefa do conhecimento do outro é muitíssimo importante e muitíssimo séria no namoro. Aflige-me ver namorados mais preocupados em curtir, passear e viajar do que em conhecer um ao outro. A verdade é que hoje em dia há uma grande superficialidade nas relações.

Portanto, todo detalhe no comportamento, sem neuroses nem temores, deve ser motivo para reflexão, para aprofundamento. Devemos pensar: será que isso é importante? Será que isso não aparecerá no futuro? Será que isso é sinal de algo mais arraigado que agora está camuflado porque ele/ela está tentando me conquistar? É preciso ir a fundo nessa reflexão! É ótimo que haja a paixão, é ótimo que o casamento já esteja marcado e é preciso ir atrás da sua preparação, mas é preciso tomar cuidado com tudo isso. Para escolher um cônjuge, faz falta um trabalho árduo e profundo de conhecimento, de tal maneira que não se tenha praticamente nenhuma surpresa depois do casamento.

Se tomarmos essa medida, quase com toda a certeza estará assegurado o casamento.

casal de namorados

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Pe. Paulo M. Ramalho é Sacerdote ordenado em 1993. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce; Capelão do IICS (Instituto Internacional de Ciências Sociais).

Site: http://www.fecomvirtudes.com.br

Publicado no Portal da Família em 06/02/2014

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