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          | 1 - A maneira pessoal de viver 
            a Generosidade | 
         
       
      1. Me esforço por reconhecer as 
        necessidades reais dos demais. 
        (Trata-se de fazer algo para outro quando coincide com uma necessidade 
        real sua. Se não é assim, podemos terminar satisfazendo 
        caprichos ou entregando o que nos sobra).
        2. Reconheço meus próprios 
        talentos (capacidades, qualidades, conhecimentos) e os coloco a serviço 
        dos demais. 
        (Às vezes temos capacidades ou qualidades "escondidas" 
        que nunca aproveitamos por não fazer um esforço, por preguiça, 
        ou por timidez, por exemplo).
        3. Reconheço o que valem minhas 
        próprias posses, meu tempo, meu esforço, etc. 
        (Há muitas coisas que são nossas e não as apreciamos 
        devidamente. Não lhes damos importância porque nos acostumamos 
        a elas. Por exemplo, nosso lar, ou o dinheiro ou nossa fé. Outras 
        pessoas carecem delas).
        4. Realizo ações buscando 
        o autêntico bem dos demais com bastante freqüência. 
        (Às vezes alguém se sente generoso por haver feito um esforço 
        especial em algum momento concreto. Entretanto, a generosidade requer 
        que haja continuidade nas ações, que se repitam, que sejam 
        freqüentes).
        5. Realizo as seguintes ações 
        com bastante freqüência: emprestar coisas próprias, 
        dar algo meu, estar disponível, escutar aos demais, exigir aos 
        demais razoavelmente. 
        (Cada pessoa costuma achar que lhe custa menos atuar a favor dos demais 
        de algumas maneiras determinadas. Em troca lhe custam muito mais outros 
        tipos de ação. Por exemplo, a uma pessoa não lhe 
        custa dar dinheiro a uma causa justa e, entretanto, não está 
        disposto a sacrificar o tempo que dedica a alguma atividade pessoal).
        6. Permito aos demais realizar ações 
        em meu favor. 
        (Se somos auto-suficientes ou simplesmente impacientes é possível 
        que não deixemos aos demais fazer coisas em nosso favor e, com 
        isso, lhes tiramos a possibilidade de ser generosos conosco).
        7. Perdôo. 
        (É talvez a maneira mais difícil de ser generoso).
        8.Faço esforços para superar 
        o cansaço, a doença, a preguiça como fim de atender 
        aos demais 
        (Há pessoas que estão dispostas a atuar em favor dos demais 
        somente se dormiram bem, se sintam descansadas e de bom humor. É 
        bom pensar em que momentos do dia, ou em que circunstâncias, tendemos 
        a ser mais ou menos generosos).
        9. Atuo a favor dos demais buscando 
        seu bem mais que a própria satisfação e sem pensar 
        no que posso pedir em troca. 
        (Ao atuar em favor de alguém, se pode fazer pensando no bem para 
        esta pessoa mas também no que se vai pedir em troca ou pensando 
        que o outro agora nos deve um favor).
        10. Esforço-me em atender às 
        pessoas que mais necessitam de minha atenção. 
        (Muitas vezes é fácil atuar de uma maneira generosa com 
        algumas pessoas e nem tanto com outras. Por exemplo, com o cônjuge 
        e com os filhos, mas não com os vizinhos. Ou com algum colega que 
        achamos simpático mas não com outro, mais necessitado, mas 
        um pouco antipático). 
         
       
         
          | 2 - A educação da 
            Generosidade | 
         
       
      11. Ajudo aos meninos/meninas a concretizar 
        suas preocupações para ajudar aos demais. 
        (Por exemplo visitando a um amigo doente, perdoando a um irmão, 
        colaborando em tarefas em casa ou em classe).
        12. Busco e ofereço oportunidades 
        para que os alunos/filhos possam decidir livremente se estão dispostos 
        a realizar ações em favor dos demais. 
        (Não se trata de obrigar-lhes a realizar algo em favor dos demais. 
        Isto não lhes ajuda a ser generosos. Trata-se de convidar. Por 
        exemplo: você já pensou que seu colega gostaria que você 
        lhe ajudasse a colocar seus estudos em dia?).
        13. Ajudo-lhes a descobrir as necessidades 
        reais dos demais. 
        (Isto requer ajudar a pensar. Por exemplo perguntas tais como: Percebeu 
        que mamãe está muito cansada? Que poderia fazer para ajudar-lhe?).
        14. Ajudo-lhes a distinguir entre o 
        que são caprichos dos demais e o que são necessidades reais. 
        (Quando os demais pedem coisas, convém pensar se realmente convém 
        dá-las ou não. É um capricho? Ou é uma necessidade? 
        Outra vez se trata de raciocinar com as crianças).
        15. Ajudo-lhes a reconhecer o valor 
        de suas próprias posses, de seu tempo etc. 
        (É freqüente que os filhos/alunos não se dêem 
        conta do que possuem. Necessitam de ajuda para descobrir as possibilidades 
        reais que dispõem para atuar em favor dos demais).
        16. Ajudo-lhes a reconhecer quais são 
        os motivos que realmente têm quando atuam em favor dos demais. 
        (Isto é uma questão tão simples como perguntar. Por 
        que vai fazer isto?).
        17. Ajudo aos jovens não apenas 
        a dar mas também a receber. 
        (É possível que alguns recebem quase sempre e dão 
        muito pouco. Mas com as crianças "boas", um pouco mais 
        maduras, devemos também ensinar-lhes a receber).
        18. Consigo que os jovens realizem ações 
        em favor dos demais por motivos elevados. 
        (Nunca saberemos os motivos que têm os jovens para atuar de uma 
        maneira ou outra, mas podemos tentar semear a inquietude de fazer as coisas 
        por um sentido correto do dever, ou por amor).
        19. Busco maneiras de conseguir que 
        os alunos/filhos superem a comodidade, a preguiça e a inércia 
        com o fim de centrar sua atenção nos demais. 
        (Em grande parte isto depende do exemplo entusiasta do educador).
        20. Falo com os meninos/meninas para 
        que aprendam a relacionar a generosidade com o amor e especialmente com 
        o amor a Deus e com o amor de Deus. 
        (Devemos falar destes temas com naturalidade, na família ou no 
        colégio. E mais à medida que os meninos/meninas vão 
        crescendo).
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      Como 
        proceder à auto-avaliação 
       
        No texto encontram-se uma série de afirmações 
        para reflexão, divididas em duas partes: 
         
        1) o grau em que se está vivendo a virtude pessoalmente . 
         
        2) o grau em que se está educando aos alunos ou aos filhos na mesma 
        virtude. 
      Com respeito a cada afirmação, situe a 
        conduta e o esforço próprio de acordo com a escala: 
      5. Estou totalmente de acordo com a afirmação. 
        Reflete minha situação pessoal. 
        4. A afirmação reflete minha situação em grande 
        parte mas com alguma reserva. 
        3. A afirmação reflete minha situação em parte: 
        Penso "em parte sim e em parte não". 
        2. A afirmação realmente não reflete minha situação 
        ainda que seja possível que haja algo. 
        1. Não creio que a afirmação reflete minha situação 
        pessoal em nada. Não me identifico com ela. 
      Podem-se comentar as reflexões próprias 
        com o cônjuge ou com algum companheiro e assim chegar a estabelecer 
        possíveis aspectos prioritários de atenção 
        no desenvolvimento da virtude a título pessoal ou com respeito 
        à educação dos filhos ou dos alunos. É provável 
        que se descubram muitas possibilidades de melhoria, mas trata-se de selecionar 
        nada mais que uma ou duas, com a finalidade de tentar conseguir a melhora 
        desejada. 
      As reflexões apresentadas não esgotam 
        o tema, mas dão um ponto de partida para uma auto-avaliação. 
        
      Extraído do livro "Auto-avaliação 
        das virtudes humanas", de David Isaacs. 
        
           
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