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Auto-avaliação das virtudes humanasORDEM |
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Quem tem essa virtude se comporta de acordo com algumas normas lógicas, necessárias para o êxito de algum objetivo desejado e previsto, na organização das coisas, na distribuição do tempo e na realização das atividades, com iniciativa própria e sem que seja necessário recordá-lo.
1. Conheço as diferentes aptidões de
meus filhos/alunos com respeito à ordem. 2. Tento dar um bom exemplo, lutando para superar-me
em aspectos de ordem ou compensando uma tendência a buscar uma ordem
excessiva que prejudica a convivência. 3. Ensino a meus filhos/alunos a distribuir suas atividades
no tempo, de tal maneira que cada coisa receba a atenção
adequada. 4. Exijo aos pequenos para que desenvolvam uma série
de hábitos de ordem com relação às coisas. 5. Ajudo aos filhos/alunos a dar-se conta de que determinadas
atividades requerem um tempo específico para sua realização. 6. Ensino aos meninos/as a recordar e a realizar determinados
atos em momentos concretos. 7. Com os filhos/alunos pequenos, organizo 'seqüências
de atos' com o fim de facilitar-lhes o cumprimento de ações
que se repetem com freqüência. (Todos os dias os filhos/alunos terão que repetir
as mesmas ações ao levantar-se, ao chegar ao colégio,
ao comer, ao entrar em classe ou ao deitar-se. Convém determinar
quais são os conjuntos de ações necessárias
em cada momento, com o fim de exigi-Ias como 'seqüências'). 8. Estabeleço os lugares onde devem guardar-se
os diferentes objetos de uso comum e exijo aos filhos/alunos que guardem
as coisas no momento oportuno. (Os critérios que se usam para estabelecer
o lugar adequado serão: para que não se estraguem e para
que seja fácil encontrá-los). 9. Convido a meus filhos/alunos a participar em atividades
próprias que requerem ordem, com o fim de que vão descobrindo
o sentido da ordem correspondente. (Por exemplo, que vejam como seus pais fazem a mala
para viagem ou a bolsa para ir ao clube, ou como o professor ordena os
livros na estante). 10. Ensino aos filhos/alunos a utilizar seus instrumentos
de trabalho e outros bens segundo sua função, com o fim
de aproveitá-los ao máximo. (Tampouco se trata de ser rígido, já
que determinados objetos podem ser utilizados sem perigo para os meninos/as,
e sem que seja previsível algum dano para o objeto, ainda que não
seja a função prevista para o mesmo. Por exemplo, se poderia
autorizar o uso de livros para fazer caminhos no chão do quarto
ou uma mesa para fazer uma cabana com uma toalha encima).
11. Tenho clara uma hierarquia de valores para a própria
vida e para a educação de cada filho/aluno. (Esta hierarquia se refere a, por exemplo, que a pessoa
casada deve preocupar-se em primeiro lugar por seu cônjuge, a seguir
por seus filhos e depois pelos demais. Significa dar a importância
apropriada ao trabalho profissional, à família, aos amigos
e às próprias aflições). 12. Atuo habitualmente de acordo com algumas normas
lógicas, de tal maneira que se nota a congruência entre minha
maneira de pensar e minha maneira de fazer. (Uma atuação imprevisível que
obedece ao estímulo do momento, ou a puras reações
frente ao que acontece sem pensar nem decidir, produz perplexidade nos
demais e não beneficia a ninguém). 13. Penso no sentido da ordem que estou estabelecendo
em cada momento. Sei o que almejo com isso. (Trata-se de poder justificar o que se faz, de ser
consciente dos objetivos que se perseguem). 14 - Procuro ser ordenado com o fim de assegurar a
convivência adequada entre os membros do grupo e com o fim de que
minhas ações sejam eficazes. (Um excesso de ordem leva à pessoa a ser ordenada
sem pensar em sua necessidade. Produz maníacos da ordem, pessoas
que preferem a ordem à alegria na família, por exemplo). 15. Habitualmente sei onde encontrar meus objetos
pessoais, guardo-os em lugares adequados, e os devolvo a seu lugar depois
de usá-los. (Este tipo de atuação é necessário
para a eficácia pessoal e também para que os demais possam
fazer uso da propriedade comum). 16. Distribuo meu tempo adequadamente, de tal maneira
que o mais importante recebe a atenção adequada. (É muito fácil desperdiçar o
tempo, dedicando muito a ver a TV, por exemplo, e não o suficiente
a comunicar-se com o cônjuge ou a atender aos amigos). 17. Habitualmente cumpro meus deveres com pontualidade,
por exemplo ao participar de uma reunião, para conversar com uma
pessoa, ao chegar em casa, ao entregar um trabalho ou a atender a um chamado. (A pontualidade tem uma dinâmica curiosa visto
que muitas pessoas "se justificam" com grande facilidade por
suas faltas. Entendem que a impontualidade é parte da vida, que
simplesmente há que aceitá-la. Entretanto, a pontualidade
é necessária para a eficácia e para o respeito pelos
demais. Isto é, a impontualidade não apenas é uma
falta contra a eficácia mas, em algumas ocasiões, também
contra a justiça). 18. Utilizo os diferentes bens materiais - computadores,
vídeos, eletrodomésticos, aparelhos diversos - segundo critérios
objetivos de bom uso. (A ordem requer "ler as instruções"
e assim evitar o perigo ou que se estrague o aparelho. Requer aprender
a aproveitar suas possibilidades). 19. Aproveito diferentes procedimentos para não
me esquecer de ser ordenado em suas diferentes manifestações. (Algumas pessoas têm boa memória e se
recordam de devolver as coisas a seu lugar, cumprimentam pelo aniversário
de outro, entregam um trabalho no momento previsto ou usam um aparelho
conforme as instruções. Em troca, outros necessitam fazer
um esforço para usar uma agenda, fazer listas de ações
que têm que realizar, fazer um esforço consciente de memorizar
determinadas coisas etc.). 20. Reflito sobre minha atuação habitual,
com o fim de autoconhecer-me nas diferentes facetas da ordem. (Freqüentemente existem âmbitos em que a pessoa é ordenada e, em troca, em outros não. Por exemplo, um professor pode ser muito ordenado em sua maneira de pensar, mas ter sua roupa totalmente desordenada). |
Como proceder à auto-avaliação
Com respeito a cada afirmação, situe a conduta e o esforço próprio de acordo com a escala:
5. Estou totalmente de acordo com a afirmação.
Reflete minha situação pessoal. Podem-se comentar as reflexões próprias com o cônjuge ou com algum companheiro e assim chegar a estabelecer possíveis aspectos prioritários de atenção no desenvolvimento da virtude a título pessoal ou com respeito à educação dos filhos ou dos alunos. É provável que se descubram muitas possibilidades de melhoria, mas trata-se de selecionar nada mais que uma ou duas, com a finalidade de tentar conseguir a melhora desejada. As reflexões apresentadas não esgotam o tema, mas dão um ponto de partida para uma auto-avaliação.
Extraído do livro "Auto-avaliação das virtudes humanas", de David Isaacs.
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