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Auto-avaliação das virtudes humanas
A EDUCAÇÃO DA SIMPLICIDADE

Descrição operativa (como funciona)

"Cuida que seu comportamento habitual no falar, no vestir, no atuar, esteja em concordância com suas intenções intimas, de tal modo que os demais possam conhecê-lo claramente, tal como é".

A virtude da simplicidade é uma manifestação da atitude autêntica da pessoa. E é autêntico aquele que tem o devido valor humano. Isto é, a simplicidade requer clareza de inteligência e retidão da vontade.

A MANEIRA PESSOAL DE VIVER A SIMPLICIDADE


1. Tento atuar com clareza e transparência nas atividades íntimas frente aos demais e frente a Deus.

(Há dois problemas principais para viver a simplicidade. Em primeiro lugar se trata de ter claro o que se busca na vida, mas também se trata de evitar que haja uma coisa no coração e exteriorizar outra).

2. Reflito sobre os fins de minha vida e os tenho claros.

(A simplicidade será impossível no comportamento se não existe ordem no pensamento).

3. Entendo que a simplicidade é necessária para conhecer a verdade, para viver umas relações autênticas com os demais, e inclusive para não passar ridículo.

(Tentar ser o que não se é, simular ou atuar com hipocrisia são maneiras seguras de despertar lástima ou, inclusive, o deboche dos demais).

4. Tento que com minha atuação habitual seja congruente o que digo com o que penso.

(A atuação congruente constante não é fácil, mas produz um estilo pessoal reconhecido pelos demais como tal. Desta maneira poderão confiar mais na pessoa e desfrutar da relação).

5. Tento que minha maneira de vestir seja elegante, que retrate minha maneira de ser, e nunca produza um efeito nos demais que faz com que pensem que sou outro tipo de pessoa da qual realmente sou.

(Alguém disse que a elegância é fazer combinar a roupa ao corpo e os dois à circunstância. Não queremos dizer que uma pessoa não deve arrumar-se para uma ocasião especial, por exemplo. Mas evitar qualquer tipo de excesso sim).

6. Expresso-me em uma linguagem adequada ao tema e às pessoas com as quais estou falando.

(A ironia, o convencimento e a hipocrisia são todas maneiras de faltar à simplicidade. Mas também usar uma linguagem que não se conforma com os próprios princípios, ou simular, pela linguagem usada, que somos diferentes do que somos na realidade).

7. Tento deixar-me conhecer intimamente em minha família e ainda mais em minhas relações com Deus. Em troca, compartilho minha intimidade de uma maneira prudente com os demais.

(Converter a própria intimidade em domínio público não é parte da simplicidade. Isto seria,no melhor dos casos, ingenuidade).

8. Nas relações com os demais tento interessar-me de verdade pelos temas que interessam a eles, de tal maneira que não caio em uma tática de interesse simulado.

(Se nota rapidamente quando as pessoas simulam interesse. “Que interessante”! é uma frase típica que utilizam. Também perguntam pela família quando se sabe que não lhes interessa. Ou, quando alguém está respondendo, interrompem para dirigir a palavra à outra pessoa ou para dar alguma indicação).

9. Nota-se minha simplicidade em algumas das seguintes manifestações: o trato delicado; a expressão manifesta de alegria ao encontrar um conhecido pela rua; a paciência mostrada em uma situação difícil; o modo de buscar o positivo nos demais e evitar as discussões rebuscadas; o elogiar cordialmente sem exagerar; o agradecimento com entusiasmo, o saber retificar, o vestir elegante, o trato confiado e respeitoso com Deus.

(Não são todas as maneiras de viver a simplicidade, mas servem como pontos concretos de reflexão).

10. Habitualmente mostro confiança e carinho com os demais.

(As pessoas desconfiadas ou egoístas não podem ser simples. O que lhes é próprio é o engano e a hipocrisia.)

A EDUCAÇÃO DA SIMPLICIDADE


11. Preocupo-me de criar e aproveitar situações, com o fim de que os pequenos possam captar e viver o genuíno e chegar a impregnar-se de valores positivos.

(A simplicidade se relaciona com a naturalidade e a experiência de haver vivido manifestações da bondade, da beleza, da verdade, da ordem. Ajudará a criança a interiorizar os valores de uma maneira natural. Isto pode acontecer em excursões ao campo, ao visitar uma exposição, ao acompanhar a um doente, com o ambiente alegre de convivência na família, etc.).

12. Ensino aos pequenos a cumprir com determinadas normas que estão inspiradas nestes valores.

(Outra vez o que buscamos é a experiência de haver vivido ações relacionadas com os valores. Mas esta vez é porque algumas normas estão previstas para isso).

13. Consigo um ambiente de espontaneidade e naturalidade com as crianças apesar de que vou lhes exigindo para que controlem suas tendências básicas com sua vontade.

(A espontaneidade descontrolada não tem valor algum. É necessário que seja controlada. As crianças muito pequenas terão dificuldade em superar-se neste sentido, mas pouco a pouco convém que vão descobrindo quais são as ações adequadas em diferentes circunstâncias).

14. Ajudo aos filhos/alunos um pouco maiores a refletir sobre o que fazem para que vejam se está relacionado com algum dos valores familiares ou do colégio.

(A exigência no fazer passa a uma exigência no pensar. A simplicidade não exclui o uso da razão. Pelo contrário, o necessita).

15. Tento conseguir que vivam a simplicidade em suas relações com a família e com Deus para que possam ouvir a voz do Senhor.

(Pessoas com idéias confusas, com preocupações interiores ou que não querem ser quem são rarissimamente vão viver sua vida de cristão honestamente).

16. Ajudo aos adolescentes a descobrir qualquer tendência que podem ter de querer parecer mais ricos ou mais pobres do que são, ou de ter mais idade ou menos idade que o que têm, ou de querer imitar a seus colegas em vez de ser eles próprios.

(É freqüente ver as meninas de treze ou quatorze anos vestindo-se ou maquiando-se como as de dezoito. Ou querendo vestir-se como membros do grupo mas não porque é seu estilo, ou contando histórias fictícias para aparecer “mais” do que realmente são).

17. Ajudo aos adolescentes a não simular no que se refere a sua inteligência, ou a sua competência.

(São outras maneiras de viver com hipocrisia, que podem seguir durante toda a vida. Por exemplo, citar livros que não leram, usar um tom de voz que não é o próprio, atribuir-se todo tipo de excelências que não correspondem à realidade, ou atuar com uma ingenuidade absurda quando não é o caso).

18. Ajudo aos jovens a refletir sobre o conjunto de suas atividades com o fim de que distingam entre o que é essencial, o que é importante, o que é secundário e o que não é necessário ou o que é negativo em si. Isto é, tento conseguir que suas vidas não sejam tão complexas, resultado de um acúmulo de atividades de diferentes valores.

(Alguns jovens lêem de tudo com o pretexto de estar em dia, vêem tudo no cinema para não ficar “por baixo” seus colegas, gastam esforços e tempo excessivos em escutar música, ou em falar ao telefone, saem por sair ou dormem muito mais do que o corpo necessita).

19. Ajudo aos jovens a autoconhecer-se com o fim de estabelecer pequenos pontos de luta.

(Com certo tipo de jovem haverá que ter cuidado, já que alguns são muito sensíveis e podem criar escrúpulos).

20. Ponho aos jovens em situações adequadas para que possam refletir sobre a relação entre suas atuações habituais e suas intenções íntimas.

(É fácil enganar-se. E não apenas são os jovens que o fazem. Necessitamos dos demais: do cônjuge, do pai, da mãe, do filho, do colega, do amigo, do professor ou do sacerdote para colaborar no processo de melhora pessoal).

Como proceder à auto-avaliação
No texto encontram-se uma série de questões para reflexão, divididas em duas partes:

1) o grau em que se está vivendo a virtude pessoalmente .

2) o grau em que se está educando aos alunos ou aos filhos na mesma virtude.

Com respeito a cada questão, situe a conduta e o esforço próprio de acordo com a escala:

5. Estou totalmente de acordo com a afirmação. Reflete minha situação pessoal.

4.
A afirmação reflete minha situação em grande parte mas com alguma reserva.

3.
A afirmação reflete minha situação em parte: Penso "em parte sim e em parte não".

2.
A afirmação realmente não reflete minha situação ainda que seja possível que haja algo.

1.
Não creio que a afirmação reflete minha situação pessoal em nada. Não me identifico com ela.

 

Pode-se comentar as reflexões com o cônjuge ou com algum companheiro e assim estabelecer possíveis aspectos prioritários de atenção no desenvolvimento da virtude a título pessoal ou com respeito à educação dos filhos ou dos alunos.

É provável que se descubram muitas possibilidades de melhoria, mas recomenda-se selecionar apenas uma ou duas, com a finalidade de tentar conseguir a melhora desejada. As reflexões apresentadas não esgotam o tema, mas dão um ponto de partida para uma auto-avaliação.
Extraído do livro "Auto-avaliação das virtudes humanas", de David Isaacs.

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