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Política de PrivacidadeA questão da igualdade (ou desigualdade) de oportunidades e de ganhos financeiros entre homens e mulheres é uma pauta de discussão muito atual em vários países.
O relatório PISA, que avalia estudantes de vários países, dedica amplas análises segmentando os resultados de acordo com a variável gênero. Tradicionalmente os resultados do PISA mostram que os meninos têm resultados melhores que as meninas em matemáticas e ciências, na maioria dos países participantes, mas não em todos, e especialmente nas primeiras séries escolares.
As diferenças na obtenção de objetivos acadêmicas em virtude da diferença de gênero são motivo de preocupação, já que podem ter consequências a longo prazo no futuro pessoal e profissional e meninas e meninos.
O déficit de representação feminina entre os estudantes com melhor nível de rendimento em ciências e matemáticas pode ser explicado, ao menos em parte, pela menor participação feminina nas carreiras de ciência, tecnologia, engenharia e matemáticas (STEM), campos que figuram entre as ocupações profissionais com melhor remuneração.
As diferenças e desigualdades de gênero em relação à obtenção de objetivos acadêmicos podem ser evitados se pudermos dispor de meios adequados. As desigualdades de gênero na educação têm sido amplamente tratadas na literatura científica. Alguns autores sugerem que as diferenças no rendimento podem estar parcialmente relacionadas em como as meninas e meninos se socializam, tanto em casa como nas escolas (Hadjar et al., 2014).
Parte da atenção se volta para os bons resultados que meninas têm obtido quando estudam em escolas diferenciadas voltadas só para alunos de um sexo (single-sex school).
Nesse artigo, especialistas de uma organização voltada só para esse assunto (Diferenciada.org) respondem a algumas dúvidas comuns que os pais têm sobre esse tipo de escola diferenciada voltada só para meninas. A primeira questão é: o que as escolas só para meninas fazem melhor que as escolas mistas?
A resposta para a pergunta do título desse artigo, segundo esses especialistas, é: Muito.
Não importa o que elas queiram ser, astronautas, embaixadoras ou contadoras, as meninas precisam saber - não apenas pensar, mas realmente saber, no fundo de suas entranhas - que nada pode atrapalhar seu caminho e seu sonho. As escolas criadas especialmente para meninas enviam essa mensagem para suas alunas todos os dias.
Meninas tem um comportamento diferente e amadurecem mais cedo que os meninos. Meninos e meninas são mais suscetíveis e motivados por abordagens diferentes. As escolas só para meninas são um lugar onde as meninas são o centro das atenções. Eis uma análise de alguns pontos.
1. O mito da garota na bolha
Alguns pais - e alguns educadores - pensam que as escolas para meninas criam um espaço falsamente seguro, removendo a garota das influências do sexo oposto. Eles opinam que esse ambiente irrealista pode torná-la mal preparada para a vida mista.
Nós discordamos. O mundo de uma menina que estuda numa escola diferenciada continuará a incluir meninos e homens – seja em currículos extracurriculares, em casa, ou nos fins de semana e feriados. Numa escola feminina, a garota tem espaço para encontrar sua voz, colaborar em projetos e se destacar no mundo acadêmico, o que irá prepará-la para uma vida cheia de propósitos.
Em uma escola para pessoas do mesmo sexo, uma garota pode compreender seu valor e suas capacidades de um jeito que nada têm a ver com a aparência ou com quem namora. Ela pode ser livre para experimentar e explorar, experimentando coisas novas e experimentando novos papéis. Ela pode seguir suas ambições sem se importar e perder tempo pensando sobre como seus colegas masculinos avaliam seu comportamento. Muitas meninas se retraem e ficam tímidas diante de certos comportamentos dos meninos, e o mesmo acontece com os meninos.
Ao subtrair os meninos, a educação acrescenta oportunidades para todas as meninas. Na escola de meninas, ela ocupa todos os papéis: todas as partes numa peça de teatro, todos os lugares no governo estudantil, todas as posições em todos os times de esportes. Ela não apenas tem uma abundância de caminhos para auto exploração e desenvolvimento; ela tem uma rica oportunidade de experimentar e poder atuar em vários papéis e modelos junto a seus pares.
2. A evidência do ambiente
Numa atmosfera totalmente feminina, a dinâmica da sala de aula muda. Alunas frequentemente relatam que não podiam "ficar invisíveis" na escola. Sem a distração dos meninos, as meninas podem ter uma capacidade maior de se concentrar em seu trabalho - e os professores podem exigir que esse trabalho atenda aos mais altos padrões.
Como resultado, pesquisas recentes mostram que:
• Ao avaliar suas habilidades em informática, 36% das graduadas que estudaram em escolas independentes só para meninas se consideram estudantes fortes, em comparação com 26% de suas colegas que estudaram em escolas mistas.
• 48% das alunas de escolas femininas se classificam como ótimas em matemática, contra 37% para meninas em escolas mistas.
• Três vezes mais alunas de escolas femininas planejam se tornar engenheiras.
3. As graduadas das escolas para meninas têm uma vantagem
As escolas para meninas criam uma cultura de realizações, na qual o progresso acadêmico é de grande importância, e a descoberta e o desenvolvimento do potencial individual das meninas são fundamentais. O tempo na sala de aula é gasto aprendendo.
Quando você combina mentoras fortes e modelos positivos, reduz estereótipos sexuais no currículo e na sala de aula e provê oportunidades de aprendizado abundantes, os resultados são claros. Na década de 1990, um estudo nacional realizado em escolas secundárias e faculdades, (The Case for Single-Sex Schools) mostrou que as escolas de sexo único para mulheres oferecem maior oportunidade de obtenção diplomas e certificados na educação, conforme medido por testes cognitivos padronizados, currículo e diplomas em cursos, comportamento de liderança, quantidade de anos de educação formal e desempenho profissional.
Há muito mais para aprender sobre a educação de meninas. Mais pesquisas e publicações existem em em www.ncgs.org
Fonte: www.diferenciada.org