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Política de PrivacidadeAntes dos dez anos, a convivência das crianças está centrada na camaradagem dos jogos e brincadeiras. É natural que as meninas prefiram jogos de palavras e gestos, que se encontrem para conversar, trocar idéias e falar de seus sentimentos, enquanto os meninos se dediquem ao futebol, às disputas, aos jogos de montar, e que se reúnam para provocar as meninas.
Na adolescência a hostilidade entre meninos e meninas dá lugar à curiosidade tímida, e as turmas começam a conviver entre si. Passa a ser comum num grupo de amigos que um ou dois se aventurem em inocentes namoros. Em uma reunião, estes se sentem divididos em dar atenção a seus amigos, ou à namorada. Parecem questionar-se do que vale a pena cultivar: se o namoro ou a amizade.
Podemos procurar esta resposta na dualidade do prazer que se sente da presença do outro e no benefício do crescimento mútuo e pessoal.
Diz o poeta que o amigo é como uma mina inexplorada. A cada encontro se descobre uma nova pedra mais preciosa que a anterior, descortinando o prazer da afinidade entre duas almas. Ambas se desenvolvem juntas, pois fazer amigos exige dedicação, virtudes e auto-superação. Que enorme bem se fazem os amigos que crescem em maturidade pelo convívio saudável. O que mais alegra um amigo senão que o outro voe alto em novas situações, no conhecimento e na conquista do mundo!!
Retrucam os apaixonados que o namoro é a amizade que se aprofunda entre um e uma. Emociona esta realidade num casal que chega às bodas de prata ou ouro. Afinal de contas, se é possível cultivar várias amizades, que mal há se uma delas seja especial, de um para uma?
Observa-se, entretanto, que aos poucos o casal tende a se isolar. O namoro monopoliza as atenções dos apaixonados, e não sobra muito tempo aos amigos. Não que seja uma paixão egoísta, centrada na sensação afetiva da pele que deixa de lado a afinidade transcendente e imaterial. Se por um lado é difícil conquistar a amizade, mais difícil ainda é mantê-la. Os amigos encabulados passam a procurar com menor freqüência aquele par de pombos que se distrai mutuamente.
Que grande oportunidade de crescimento perde aquele casal de jovens ensimesmados. Justamente quando é tão importante que cada um deles experimente a adversidade e a sutileza do mundo, das pessoas e das situações!! Eles se encerram em si mesmos. Quando é tão importante que cada minuto seja aproveitado para se adquirir cultura, diversidade de interesses e a vivência que cada amigo poderia descortinar, ambos estão na mesmice de sempre, mutuamente distraídos.
Não é de estranhar que uma pessoa que aproveitou bem sua juventude saiba se colocar melhor em público, tenha maior inteligência emocional e oportunidades profissionais, seja mais interessante como pessoa, segura e desenvolta socialmente. Pois soube aproveitar o tempo para crescer em cultura, personalidade, virtudes e valores.
Namorar é ótimo... Quem seria capaz de afirmar o contrário? Através do convívio a dois, o casal está aprofundando o conhecimento mútuo, para que cada um esteja seguro da escolha mais importante de suas vidas, ou seja, o outro, a quem estará entregando a própria vida para construir uma família. O namoro é, portanto, uma condição necessária que antecede ao matrimônio.
Este objetivo não se aplica, entretanto, aos adolescentes e à etapa que imediatamente a precede. São pessoas em formação. Tudo irá mudar e adquirir maior consistência: a personalidade, a ocupação, o plano de vida, os interesses, os ideais, etc. Quando adultas serão pessoas diferentes. Faz sentido que o namoro aconteça somente então, quando ambos estiverem maduros, com a profissão e objetivo de vida melhor definidos.
Para potencializar o desenvolvimento pessoal durante a adolescência e a juventude... Sim... O namoro pode esperar!!!