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       ©John Wilks B.Pharm MPS MACPP 7/14/2002 
        Copyright 2002 American Life League, Inc. 
        tradução: Sandra Katzman  
        
        Recentemente foi noticiado que as mulheres que faziam uso da terapia de
        reposição de hormônios (em inglês, HRT = Hormone
        Replacement Therapy) tinham 26% a mais de risco de desenvolver o câncer
        de mama. (1) Este achado foi tão dramático que precipitou
        o término do estudo antes do esperado. A atenção
        da midia  
        mundial trouxe esta e outras descobertas para a primeira página
        dos principais jornais nacionais. Na Austrália, a "Therapeutic
        Goods Administration", orgão encarregado da regulamentação
        de todos os medicamentos receitados na Austrália, reagiu a este
        estudo limitando o uso de HRT.
      
 Um dos resultados desta polêmica sobre a segurança da HRT,
        foi que surgiram questões com relação à segurança
        dos anticoncepcionais. Como a HRT, os anticoncepcionais usam hormônios
        artificiais para alteral as características 
        fisiológicas naturais do sistema endócrino da mulher, usando
        drogas farmacêuticas parecidas. Para ajudar a esclarecer este debate,
        as citações seguintes juntamente com suas explicações
        serão instrutivas, creio eu. 
      "Historicamente, estrogênios conjugados tem sido os agentes
        mais comuns para o uso pós-menopausa, e 0,625 mg/dia é eficaz
        para a maioria das mulheres (embora 1,25 mg seja necessário para
        alguns pacientes). Ao contrário, a maioria dos anticoncepcionais
        orais combinados em uso se utilizam de 10 a 35 mcg/dia de 
        etinil-estradiol. Estrogênios conjugados e etinil-estradiol são
        bastante diferentes na sua potência (força) oral: por exemplo,
        uma dose de 0,625 mg de estrogênios conjugados geralmente é
        considerada equivalente à 5 a 10mcg de etinil-estradiol. 
      É importante reconhecer que a dose de estrogênio usada nas
        terapias de reposição hormonal pós-menopausa é
        substancialmente menor do que aquela usada nos anticoncepcionais por via
        oral, levando-se em consideração as diferenças no
        poder das drogas utilizadas nos dois caso." (2) (grifos do autor) 
      Alguns aspectos da citação acima necessitam de esclarecimento: 
      - Primeiro, estrogênio conjugados são encontrados na droga
        Premarin®, a marca do medicamento no centro da atual polêmica.
        O hormônio é obtido da urina de éguas "grávidas".
        O etinil-estradiol é o estrogênio artifical comumente encontrado 
        nas pílulas anticoncepcionais, e é produzido em laborátorio. 
      - Segundo, "mg" é a abreviação de miligrama,
        ou seja, 1/1.000 (um milésimo) de uma grama. Da mesma forma, "mcg"
        é a abreviação de micrograma, ou seja, 1/1.000.000
        (um milionésimo) de uma grama. 
        Alguns textos usa a letra grega "µ" (mi) (mas que não
        é recebida por alguns dos programas de e-mail) junto com a letra
        "g", ou seja, "µg", ao invés de "mcg"
        com abreviação de micrograma. Enfim, os dois são
        sinônimos. (3) 
      Portanto, uma dose de 0,625 mg de estrogênios conjugados é
        o mesmo que 0,625 milésimos de uma grama. Isto, de acordo com o
        texto de Goodman e Gilman, é considerado o bio-equivalente de 5-10
        mcg de etinil-estradiol. Em farmacologia, a bio-equivalência se
        refere à "uma droga que tem o mesmo efeito que outra no corpo,
        normalmente quase idênticas na sua formulação química."
        (4) 
      Formas modernas de pílulas anticoncepcionais contêm, numa
        base cíclica, entre 30 e 40 mcg (microgramas) de etinil-estradiol.
        (5). Portanto, uma pílula anticoncepcional, a 40 mcg, é
        pelo menos quatro vezes mais forte do que uma dose equivalente de 10 mcg,
        que foi préviamente indicada como sendo igual à um Premarin
        de 0,625mg. Falando de outra forma, uma dose padrão de hormônio
        na 
        pílula anticoncepcional é, cautelosamente, quatro vezes
        mais forte por dose do que a reposição hormonal. No máximo
        (baseado na comparação da menor dose de etinil-estradiol
        de 5 mcg), a pílula anticoncepcional é oito vezes mais forte
        por pílula do que uma dose de reposição hormonal. 
      Dados parecido com esto, embora em doses um pouco menores, são
        fornecidos pelo "Lange's Basic and Clinical Pharmacology. Este texto
        indica que uma pílula anticoncepcional significa uma dose equivalente
        de 2-4 comprimidos de HRT, dependendo se se calculou cautelosamente ou
        extremamente. (6) 
      Portanto, é biológicamente e farmacológicamente
        plausível esperar que a pílula anticoncepcional tenha pelo
        menos a mesma taxa de câncer de mama da terapia de reposição
        hormonal. De acordo com pesquisas mais recentes, este é exatamente
        o caso. Os dados apresentados na terceira Conferência Européia
        de Câncer de Mama relatou que o risco de câncer de mama era
        26% maior nas usuárias da pílula do que nas não-usuárias.
        (7) Esta descoberta está em concordância com mais de 15 trabalhos
        publicados desde a metade dos anos 80 que indicaram todos eles que o uso
        da pílula anticoncepcional na mulheres, notavelmente em mulheres
        jovens, 
        causa um aumento no risco de desenvolver câncer de mama. Para ser
        consistente deve-se esperar que a midia também tome a iniciativa
        de informar as mulheres sobre os perigos da pílula anticoncepcional. 
      NOTES: 
      1. Women's Health Initiative. Risks and benefits of estrogen plus progestin
        in healthy postmenopausal women. JAMA. 2002;288:321-333 
      2. Goodman and Gilman's The Pharmacological Basis of Therapeutics. 9th
        ed. McGraw-Hill 1996 p.1421 
      3. Mosby's Medical, Nursing and Allied Health Dictionary. 5th ed (KN
        Anderson, editor) 1998 
      4. Mosby's, ibid, p.193 
      5. MIMS Product Information 2002 Triphasil 28 (Tablets) Levonorgestrel
        50 mcg, ethinyloestradiol 30 mcg (6 brown s-ctabs); levonorgestrel 75
        mcg, ethinyloestadiol 40 mcg (5 white s-c tabs); levonorgestrel 125 mcg,
        ethinyloestradiol 30 mcg (10 
        yellow s-c tabs); inactive (7 red s-c tabs); gluten free  
      6. Lange's Basic and Clinical Pharmacology. (8th ed) McGraw-Hill 2001.
        B G Katzung (Editor) 
      7. Birth control pill found to raise breast cancer risk,  
        <http://www.cancerpage.com/cancernews/cancernews4104.htm>htt 
        p://www.ca ncerpage.com/cancernews/cancernews4104.htm 
      ©John Wilks B.Pharm MPS MACPP 7/14/2002 
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