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Consumo de bebidas começa por influência dos pais, diz pesquisa |
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SÃO PAULO - A maioria dos jovens brasileiros começa a consumir bebidas alcoólicas em casa, por influência dos próprios pais, segundo aponta uma pesquisa da Unesco realizada com estudantes de escolas públicas e particulares de 14 capitais do país. Quase 10% dos alunos de quinta-série a 3o ano do ensino médio disseram que bebem álcool com freqüência. A porcentagem é ainda maior entre os com idade acima dos 19 anos: 15,6%. O que impressiona é a ingestão da bebida em festas ou ocasiões especiais, quando 49,4% dos jovens consomem álcool. Foram entrevistados 50.049 de um universo de 4.633.301 alunos, mais 3.099 membros do corpo técnico-pedagógico e 10.225 pais de alunos das cidades de Maceió, Manaus, Salvador, Fortaleza, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Belém, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo e Brasília. Em pesquisa qualitativa, descobriu-se que os pais oferecem bebidas aos filhos com a expectativa de que assim ensinarão a beber corretamente. "Os pais consideram que seria melhor que os jovens estivessem sob supervisão direta deles e apresentam a bebida, então o álcool ganha uma certa permissibilidade", afirma Mary Garcia Castro, uma das coordenadoras do estudo. "A intenção é boa, mas não traz resultados positivos", afirma. Segundo ela, o objetivo da família seria educar o adolescente para beber socialmente, mas na prática os pais introduzem os filhos à bebida. Ela acredita que a partir daí os familiares perdem o controle, porque os jovens podem se viciar ou encarar a bebida como algo usual. "A atitude mais correta é não incentivar, não estimular o consumo e não oferecer bebidas", define a pesquisadora, que é também socióloga. Álcool x cigarro Entre as drogas permitidas, o álcool é mais consumido que o cigarro. Cerca de 10% do total de alunos disseram que bebem regularmente. Já a proporção daqueles que fumam diariamente é cerca de 3,0%. Em festas, a relação fica cinco vezes maior no caso das bebidas. "Não existe propaganda contra o
álcool como existe alertando para os malefícios do cigarro",
diagnostica a pesquisadora. Segundo ela, a publicidade associa bebidas
à sexualidade e não mostra "o dia seguinte, da ressaca".
"Os problemas do fumo já ganharam a opinião pública,
os do álcool não", disse. "Seria necessária
uma regulamentação como a do cigarro para as bebidas alcoólicas",
sugere. Fonte : Jornal Último Segundo |
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