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É possível superar crises matrimoniais, assegura Papa |
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Recuperar a esperança para que a chama do amor volte a arder Porém, para que a chama do amor volte a arder, o Papa constata a necessidade de pessoas que apóiem os cônjuges nos momentos de escuridão, sobretudo dando-lhes esperança, contra a corrente comum hoje em dia de apresentar o divórcio como a solução. Assim explicou o pontífice nesta sexta-feira, ao receber os participantes do encontro internacional do movimento Retrouvaille (http://www.retrouvaille.org) , iniciativa surgida da «providencial intuição» – assim a qualificou o Santo Padre – do casal canadense Guy e Jeannine Beland, em 1977, para ajudar os casais em grave crise. O bispo de Roma considerou que a crise conjugal – falava de «crises sérias e graves» – constitui uma realidade «com duas faces». Por um lado, explicou, «apresenta-se, especialmente em sua fase aguda mais dolorosa, como um fracasso, como a prova de que o sonho acabou ou se transformou em um pesadelo e, infelizmente, ‘não há nada a fazer’». No entanto, segundo o Papa «há outra face, que nós desconhecemos com freqüência, mas que Deus vê. Toda crise, de fato – a natureza nos ensina –, constitui o passo a uma nova fase da vida. Ainda que no caso das criaturas inferiores isso aconteça de maneira automática, no ser humano implica a liberdade, a vontade e, portanto, uma ‘esperança maior’ que o desespero». É nesse momento que o trabalho de pessoas como as que participam no movimento Retrouvaille é necessária, indicou o Papa. «Nos momentos mais escuros, os cônjuges perderam a esperança; então se dá a necessidade de outras pessoas que a custodiem, de um ‘nós’, de uma companhia de autênticos amigos que, com o máximo respeito, mas também com sincera vontade de bem, estejam dispostos a compartilhar algo de sua própria esperança com quem a perdeu. Mas não de maneira sentimental ou superficial, e sim organizada e realista.» Deste modo, no momento da ruptura, oferecem ao casal «uma referência positiva na qual confiar frente ao desespero». «De fato, quando a relação se degenera, os cônjuges caem na solidão, tanto individual como de casal. Perdem o horizonte da comunhão com Deus, com os demais e com a Igreja. Então, vossos encontros oferecem o ‘amparo’ para não se perder totalmente e para voltar a subir pouco a pouco a montanha.» Por este motivo, apresentou às pessoas que ajudam os casais em Cristo como «custódios de uma esperança maior para os esposos que a perderam». «Quando um casal em dificuldade ou – como demonstra vossa experiência – inclusive já separado, se encomenda a Maria e se dirige Àquele que fez dos dois ‘uma só carne’, pode estar seguro de que a crise se converterá, com a ajuda do Senhor, em um momento de crescimento e que o amor será purificado, amadurecido, reforçado.» Isso, advertiu Bento XVI, «só Deus pode fazer, Ele que quer servir-se de seus discípulos como de válidos colaboradores para aproximar-se dos casais, escutá-los, ajudá-los e redescobrir o tesouro escondido do matrimônio, o fogo que foi sepultado sob as cinzas». «Reaviva e faz que volte a arder a chama; certamente, não como no enamoramento, mas de uma maneira diferente, mais intensa e profunda: porém, é sempre a mesma chama», afirmou. O Programa Retrouvaille, segundo explica em seu site, consiste em viver um fim de semana combinado com uma série de 6 a 12 sessões de fim de semana durante três meses. Oferece instrumentos para ajudar o casal a reordenar a sua vida. O programa sublinha particularmente a comunicação no matrimônio entre o homem e a mulher, dando aos esposos a oportunidade de redescobrir-se mutuamente e de examinar suas vidas juntos de uma maneira positiva e nova. |
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Fonte: ZENIT.org Publicado no Portal da Família em 25/10/2008 |
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