Resumo
da Conferência
proferida no Congresso Regional do ECC - Brasília, 30.06.2002
1. O início
da vida humana
Para uma análise dos métodos de planejamento familiar é
importante conhecer quando se dá o início da vida humana.
Todo ser humano tem início no momento da concepção,
isto é, quando o óvulo é fecundado pelo espermatozóide.
A fecundação natural se dá nas trompas e o ovo (óvulo
fecundado) se desloca para o útero para se fixar no endométrio
(parede interna do útero). O ato de fixar-se no útero dá-se
o nome de nidação. O espaço de tempo entre a fecundação
e a nidação é de app. 7 a 10 dias. Uma vez nidado
o feto é alimentado pelo cordão umbilical e desenvolve-se
até o nascimento.
2. Métodos artificiais de planejamento familiar
Os métodos artificiais de planejamento familiar são classificados
em hormonais (pílulas, injetáveis e implantes subdermais)
espermaticidas (esponjas e geléias), de barreira
(capuz cervical, preservativos e diafragma) e os de ação
mecânica, combinados ou não com hormônios (DIUs).
Alguns ainda incluem a esterilização cirúrgica
(ligadura de trompas e vasectomia) e o aborto entre métodos
de planejamento familiar.
Além dos efeitos colaterais de todos os métodos artificiais,
muitos deles provocam o aborto na fase inicial de vida, no período
que vai da concepção (fertilização) à
fixação no útero (nidação).
Os anticoncepcionais orais presentes, hoje em dia no mercado, as conhecidas
pílulas, têm quatro mecanismos de ação:
1 - produzem a suspensão da ovulação. Neste caso
não há fecundação e, conseqüentemente,
funcionam como anticoncepcional;
2 - alteram o estado do muco cervical dificultando o acesso do espermatozóide
até o óvulo. Aí também funcionam como anticoncepcional;
3) - determinam mudanças no endométrio (parede interna do
útero) impedindo a nidação do embrião. Neste
caso funcionam como abortivo.
4) alteram a movimentação do óvulo nas trompas. Se
este está fecundado resultará em aborto - um microaborto,
quando não se dá uma gravidez ectópica (a criança
se desenvolve na trompa causando sério risco de vida para a mãe)
Estudos realizados nos EE. UU. demonstraram que a pílula comum
pode provocar abortos na proporção de 5% a 10%. Enquanto
as mini e micro pílulas (pílulas de baixa dosagem) podem
provocar o microaborto em 30% a 50% dos casos.
Estudos comprovam que a pílula apresenta, entre outros, os seguintes
efeitos colaterais: distúrbios circulatórios, câncer
de mama, câncer cervical, tumores hepáticos, malformação
fetal, etc.
Segundo estudos da Associação Médica Inglesa as pílulas
causam 130 mudanças hormonais no corpo da mulher, criando uma situação
totalmente artificial, substituindo o mecanismo dos hormônios naturais
existentes no organismo.
Os DIUs funcionam como um corpo estranho no útero impedindo a nidação
do embrião e não eliminando o espermatozóide, como
muitos de seus defensores querem fazer crer. Associado ao cobre (DIU de
cobre) ou a hormônios têm, os DIUs, o efeito de abortar o
bebê em seus primeiros dias de vida.
Os mesmos mecanismos abortivos ocorrem com os implantes hormonais (Norplant).
Recentemente, foi introduzido no mercado a "Pílula do Dia
Seguinte" também conhecida como "Contracepção
de Emergência". Essa pílula, com alta dosagem de hormônio
tem 2 mecanismos de ação:
a) se a mulher não está ovulando a pílula impede
a ovulação, funcionando com anticoncepcional. Isso ocorre
em 20% dos casos.
b) se já ovulou a pílula impede a nidação,
abortando o embrião na fase inicial da vida. Isso ocorre em 80%
dos casos.
3. Fecundação artificial
Muitos casais estéreis, ou que se submeteram a esterilização
(vasectomia ou ligação de trompas) vêm recorrendo
a fecundação artificial para ter filhos.
Nem sempre esses casais sabem das implicações desse procedimento.
Há várias modalidades de fecundação artificial:
a) fecundação homóloga - quando as células
germinativas (óvulo e espermatozóide) são do próprio
casal;
b) fecundação heteróloga - quando um dos gametas
(óvulo ou espermatozóide) é de uma outra pessoa que
não do esposos. Isso caracteriza o adultério.
c) fecundação extracorpórea - quando a fecundação
do óvulo se dá fora do corpo feminino. Também conhecida
como fecundação "in vitro" (bebê de proveta)
d) fecundação intracorpórea - quando a união
do espermatozóide com o óvulo se dá no corpo da mulher
com auxílio técnico (Método conhecido como "Gift")
A fecundação artificial é condenada pela Igreja,
não somente por atentar contra a lei natural da procriação,
como implicar em problemas morais e éticos, além de colocar
em risco a vida humana.
4. Métodos naturais de planejamento familiar
Enquanto os métodos artificiais causam efeitos colaterais provocando,
muitos deles, o aborto na fase inicial da vida humana, e a fecundação
artificial, além de resultar em abortos, tem sérias implicações
éticas e morais, os métodos naturais não têm
inconvenientes e são mais eficazes que aqueles. Estimulam o conhecimento
mútuo do casal, incentivam o respeito dos cônjuges e unem
os esposos.
O homem é fértil durante todo o tempo, desde a puberdade
até a morte. Já a mulher só é fértil
24 horas durante seu ciclo menstrual. Teoricamente só um dia, durante
um mês, a mulher pode engravidar. Como o espermatozóide pode
ficar no corpo da mulher (na vagina ou no colo do útero) por 3
ou 4 dias aguardando o momento de fertilizar o óvulo, por segurança
o período fértil se estende por 5 a 7 dias.
A Igreja defende o planejamento familiar com os métodos naturais
que respeitam a integridade física do ser humano e a cumplicidade
do casal na preservação da espécie humana. Esses
métodos têm base científica e comprovada eficácia:
método da ovulação (Billings), método da temperatura
basal e o método da tabelinha (Knaus-Ogino)
A "tabelinha" muitas vezes é tomada como único
método natural, pelos defensores do métodos artificiais.
Isso porque esse método é baseado no período menstrual
e apenas 20% das mulheres têm o ciclo menstrual regular. Outros
denominam a "Tabelinha" de "Método do Colar"
por usar um colar de contas para orientar os dias férteis da mulher.
Esse método é válido apenas para as mulheres que
têm um ciclo menstrual regular.
Já o método da ovulação, também conhecido
pelo nome de seus descobridores, o casal de médicos australianos,
John e Evelyn Billings tem uma eficácia comprovada, pela Organização
Mundial de Saúde, de 98%, superior à pílula anticoncepcional
que se situa entre 96% e 97%.
O método da ovulação se baseia nas transformações
naturais do corpo da mulher.
Consiste, basicamente, na observação, pela mulher, do muco
cervical. O muco é produzido no colo uterino e constitui uma espécie
de barreira natural. Quando ele se torna líquido e flexível
desce pela vagina e é sentido pela mulher. Inicialmente é
úmido e pegajoso depois se torna elástico (3-5cm), muito
elástico (5-10cm), regride e some. O muco é semelhante à
clara de ovo. O espermatozóide é, então, alimentado
e se movimenta, graças ao muco.
Quando a mulher está com sensação de secura no decorrer
do ciclo, antes e depois do muco, não é fértil.
Há um outro método natural que é baseado na observação
da temperatura corporal da mulher. É o chamado "método
da temperatura basal"
O método da temperatura basal indica o período fértil,
quando a temperatura da mulher encontra-se mais elevada
A temperatura basal é a temperatura mais baixa e estável
do corpo, obtida após um período de total repouso. Geralmente
pela manhã, antes de se levantar, o corpo humano tem a temperatura
mais baixa durante o dia.
Diferentemente do homem, a mulher tem uma temperatura bifásica
(uma fase alta e uma fase baixa). A ovulação (período
fértil) se dá quando a temperatura está elevada.
Hoje já existem vários aparelhos baseados nos métodos
naturais que auxiliam as mulheres para detectar seus dias férteis.
Entre eles estão: PG-53, Donna, Baton da Fertilidade e o Mini-sophia.
Os primeiros estão em fase de experiência, enquanto o Mini-sophia,
já foi suficientemente experimentado, e hoje constitui o mais eficaz
aparelho para detectar os dias férteis. Sua eficácia é
calculada em 99,2%. Trata-se de um termômetro eletrônico,
cuja sonda é colocada sob a língua, pela manhã, para
tomada da temperatura basal. Os dados são registrados e apresentados,
numa tela, os dias férteis.
5. Conclusão
Os métodos naturais são cientificamente comprovados e de
eficácia superior aos métodos artificiais. São os
únicos lícitos, admitidos pela Igreja e de aceitação
moral e ética. Entre outras vantagens asseguram ao casal a responsabilidade
pelo planejamento familiar, além de possibilitar o diálogo
e a união dos esposos.
Os métodos artificiais, além das conseqüências
para a saúde da mulher, a maioria deles, hoje, provoca o aborto
na fase inicial da vida. Entre os métodos de controle de população
está o aborto cirúrgico praticado clandestinamente ou sob
suposto amparo da lei.
(Conferência
proferida no Congresso Regional do ECC - Brasília, 30.06.2002)
Clique
aqui para ver o texto completo
|
Os
métodos naturais são cientificamente comprovados e de eficácia
superior aos métodos artificiais. São os únicos lícitos,
admitidos pela Igreja e de aceitação moral e ética.
Entre outras vantagens asseguram ao casal a responsabilidade pelo planejamento
familiar, além de possibilitar o diálogo e a união
dos esposos.
Os métodos artificiais, além das conseqüências
para a saúde da mulher, a maioria deles, hoje, provoca o aborto
na fase inicial da vida.
A Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
- PROVIDAFAMÍLIA é uma organização cujo principal
objetivo é divulgar e defender os valores éticos e morais
da inviolabilidade da vida humana desde a sua concepção
e dos direitos da família.
www.providafamilia.org
|